Há questionamentos efervescentes na direção do metaverso e a respeito dos investimentos que estão sendo feitos nessa nova tecnologia, se assim pudermos denominá-lo. Entre opiniões contrárias e abstratas sobre o tema, conhecemos o posicionamento da McKinsey – uma empresa global comprometida com inovação em diversos setores.

Em uma definição rápida o metaverso é um novo espaço digital habilitado para 3D que usa realidade virtual (VR, virtual reality), realidade aumentada (AR, augmented reality) e outras tecnologias avançadas de internet e semicondutores para permitir experiências pessoais e comerciais on-line realistas às pessoas. “O metaverso significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Alguns acreditam que é um playground digital para amigos. Outros acham que tem potencial para ser um espaço comercial entre empresas e clientes,” reflete a McKinsey, acreditando que ambas as interpretações estão corretas e que o metaverso é mais bem caracterizado como uma evolução da Internet de hoje.

Fase incubadora

“O metaverso ainda está sendo explicado: se você já fez uma pesquisa no Google pelo termo ‘metaverso’, você não está sozinho. Em 2021, as pesquisas pelo termo na Internet aumentaram 7.200 por cento,” pontua a McKinsey. Segundo a pesquisa da empresa, “quando as pessoas entendem a essência do metaverso, a maioria delas entra”, afirma o recente estudo. De acordo com o levantamento, “aproximadamente 60% dos consumidores estão entusiasmados com a transição das atividades cotidianas, como fazer compras, namorar e malhar, para o metaverso”.

Investimentos graúdos

Mas não apenas os indivíduos são metacuriosos: o capital privado está apostando muito dinheiro. Em 2021, as empresas relacionadas com o metaverso arrecadaram mais de 10 bilhões de dólares, mais do que o dobro de 2020. Em 2022, valores acima de 120 bilhões de dólares fluíram para o metaverso. A última pesquisa da McKinsey mostra que o metaverso tem potencial para gerar US$ 5 trilhões em valor até 2030. “É uma oportunidade grande demais para ser ignorada.”

Opiniões

O metaverso não visa escapar da realidade, diz a futurista Cathy Hackl. Em vez disso, trata-se de “abraçá-lo e aumentá-lo com conteúdo e experiências virtuais que podem tornar as coisas mais gratificantes e nos fazer sentir mais conectados com nossos entes queridos, mais produtivos no trabalho e mais felizes”. Para Brian Solis, propagador global de inovação da Salesforce, “o que o metaverso realmente representa é comunidade. O valor de pertencer a esta comunidade. O papel que você pode desempenhar como usuário nesta comunidade para que se sinta uma parte interessada e não um ‘usuário’.”

Cada vez mais perto

Na análise da McKinsey, o metaverso parece cada vez mais inevitável e a empresa global refere bases sólidas no assunto. “Veremos mais marcas, mais investimentos, mais fusões e aquisições e mais usuários em todas as coisas renderizadas em 3D e em tempo real”, diz o tecnólogo e autor Matthew Ball. “Todas essas são tendências que vêm acontecendo há várias décadas e não há razão para acreditar que o tempo gasto online, o número de smartphones em uso e a importância do digital para a nossa economia irão se reverter.”

Texto: alotatuape