Os usuários do BeFake — assim como no BeReal — também tiram fotos com as câmeras frontal e traseira, mas depois personalizam as imagens com tecnologia de IA
O BeFake, uma nova rede social que utiliza tecnologia de IA, levantou US$ 3 milhões em financiamento no estágio seed, liderado pela Khosla Ventures. Outros investidores na rodada incluem Next Coast Ventures, Maveron Ventures, Peter Thiel, Joe Lonsdale e WS Investments. A rodada foi encerrada em abril de 2022, mas ainda não havia sido divulgada.
O nome do app é uma referência ao BeReal, que nasceu com a proposta de compartilhamento de fotos mais “autênticas”. No caso do BeFake, a ideia é justamente fazer o contrário. Em vez de mostrar o que você está fazendo agora, os usuários do BeFake também tiram fotos com as câmeras frontal e traseira, mas depois personalizam as imagens com tecnologia de IA usando predefinições no aplicativo ou prompts personalizados.
O aplicativo é criação da Alias Technologies, uma empresa de IA aplicada que usa mídia generativa e sistemas de IA multimodais para criar apps de mídia social. A Alias foi fundada em 2021 por Kristen Garcia Dumont e Tracy Lane, ex-equipe executiva por trás da gigante de jogos Machine Zone, que foi adquirida pela AppLovin em 2020.
Como funciona o BeFake
Segundo o TechCrunch, a ideia é permitir que os usuários expressem não necessariamente sua autenticidade total, mas sim sua criatividade autêntica. Os usuários primeiro capturam fotos da frente e de trás de seus telefones, mas depois escolhem uma predefinição ou digitam seu próprio prompt para criar uma imagem de IA.
O aplicativo oferece avisos de estilo e de localização personalizados, que incluem recursos como imagens de fantasia ou permitir que o usuário se coloque no topo do Monte Everest, por exemplo. Caso contrário, eles podem digitar seus próprios prompts para criar imagens de si mesmos nos cenários que imaginarem.
O BeFake não exige que os usuários carreguem dezenas de selfies para começar. Além disso, ele aplica suas alterações alimentadas por IA em menos de 30 segundos – e geralmente em menos de 10, segundo o TechCrunch. No entanto, os usuários gastam, em média, pelo menos 10 minutos por sessão enquanto projetam suas criações de IA.
As fotos aumentadas podem ser compartilhadas com amigos ou no feed principal, onde os criadores de IA podem ter seguidores, ou podem postar em outras redes sociais. Você também pode alternar entre a foto normal e a versão AI. A empresa acredita que seu conceito tornará o feed mais interessante do que no BeReal, já que cada foto terá uma aparência única.
Questionado sobre por que escolheram o nome “BeFake”, o que faz o aplicativo parecer uma paródia do BeReal, Kristen Dumont explicou que eles estavam tentando rejeitar a mídia social atual – o “conceito completo onde você precisa fazer o Facetune ou fazer uma curadoria perfeita.
Ela diz que até o BeReal é falso, já que seus usuários começaram a selecionar seus momentos “reais” no aplicativo. “Portanto, trata-se menos da BeReal e muito mais dessa rejeição total e total do movimento de autenticidade, que é inautêntico”, acrescentou a executiva.
O BeFake foi lançado na App Store e no Google Play neste mês. A empresa não compartilhou número de downloads ou métricas de adoção do usuário.
Fonte: Época Negócios