O mercado de táxis autônomos dará um passo atrás após imprevistos nos Estados Unidos. A Cruise, subsidiária da General Motors (GM), anunciou que cortará metade da frota de ‘robotáxis’ por causa de acidentes em São Francisco. Nós noticiamos, por exemplo, o carro que entrou em um canteiro de obras e acabou preso no concreto fresco.
Como consequência, o Departamento de Veículos Motorizados do estado solicitou que a montadora reduza a quantidade de automóveis da linha Cruise em circulação. “O DMV está investigando incidentes recentes envolvendo veículos de cruzeiro em San Francisco”, disse a DMV em um comunicado à Associated Press.
A Cruise concordou com uma redução de 50% e não terá mais do que 50 veículos sem motorista em operação durante o dia e 150 veículos sem motorista em operação à noite.- Departamento de Veículos Motorizados
Histórico recente
- No dia 10 de agosto, a Comissão de Serviços Públicos autorizou a expansão de duas frotas de veículos autônomos no transporte de passageiros, intensificando a competição entre duas empresas – Cruise e Waymo. Com a medida, os serviços ficaram disponíveis 24h por dia.
- Uma semana depois, na quinta-feira (17), um carro da Cruise, que tinha sinal verde, entrou em um cruzamento e foi atingido por um veículo de emergência que atendia a um chamado;
- O ‘obotáxi transportava somente um passageiro, que foi direcionado ao hospital com ferimentos leves, afirmou a Cruise;
- Nesse mesmo dia, outro autônomo da linha, que estava sem passageiros, colidiu com outro carro.
O sistema dos veículos autônomos ainda enfrenta dificuldades para detectar objetos em esquinas e cruzamentos por causa da “visão” obstruída por edifícios.
No caso da colisão com o veículo de emergência, segundo o comunicado, o robotáxi identificou o risco de batida, freou, reduziu a velocidade, mas não foi capaz de evitar a colisão.
“A capacidade do AV de traçar com sucesso o caminho do veículo de emergência foi complicada pelo fato de que o veículo estava na faixa de tráfego que se aproximava, para a qual se mudou para contornar o sinal vermelho”, disse Greg Dietrerich, gerente geral da Cruise em San Francisco.
Texto: Alisson Santos