Ainda que a camada de ozônio esteja se recuperando, ela não está totalmente a salvo em todos os lugares do planeta. Este ano, o buraco acima da região da Antártida está maior do que o normal para a época. Apesar de cientistas terem uma suposição do que se trata, o ocorrido pode levar a consequências drásticas na porção sul do planeta.

Camada de ozônio

A camada de ozônio é uma região entre 15 e 30 quilômetros acima da superfície da Terra com uma alta concentração do gás ozônio, que absorve os raios ultravioletas do Sol e protege a Terra.

Entre outros motivos, essa camada é desgastada por resíduos de produtos químicos usados pelo homem, como refrigerantes, solventes e substâncias em aerosol.

Buraco na camada de ozônio sob a região da Antártida (Imagem: NASA Ozone Hole Watch)

Variações no buraco na Antártida

  • Segundo o site IFLScience, o buraco sob a Antártida foi descoberto entre as décadas de 1970 e 1980 e variou de tamanho ao longo dos anos.
  • Além disso, ele também varia ao longo das estações. Por exemplo, durante a primavera do Hemisfério Sul, entre agosto e outubro, tende a aumentar.
  • No entanto, desde 2021, o buraco na camada de ozônio acima da região era quase inexistente e não cresceu até o final de agosto de 2022.
  • Segundo dados do Copernicus Climate Change Service, ele cresceu mais do que deveria antes do previsto – e deve continuar a se expandir.

Motivo e riscos

A motivação para o aumento no buraco da camada de ozônio acima da Antártida pode ser efeito do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, maior explosão natural em mais de um século, que aconteceu de forma subaquática no pacífico e durou até janeiro de 2022.

Além de lançar gases, o evento empurrou água do mar na atmosfera. Os cientistas já haviam alertado que o excesso de vapor d’água poderia ser prejudicial à camada – e parece que estavam certos.

O buraco na camada sob a região já está causando efeitos no Polo Sul, entre eles o aquecimento das águas. Isso pode causar o derretimento das calotas polares e aumentar o nível dos oceanos.

Fonte: Vitoria Lopes Gomez