sexta-feira,22 novembro, 2024

Estudos sobre microorganismos que destroem plástico avançam

Um microbioma diversificado de bactérias e fungos degradadores de plástico vive em pântanos salgados na costa de Jiangsu, na China. Esses microorganismos podem quebrar o polipropileno, um tipo de plástico comumente usado em embalagens de alimentos e outros produtos. Os fungos são capazes de fazer isso produzindo enzimas que quebram o plástico em moléculas menores. A descoberta pode ajudar a desenvolver novas formas de reciclar o plástico e reduzir a poluição.

A extensão do problema da poluição plástica aumentou constantemente desde a década de 1970. A cada ano, 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos são produzidos, de acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas, e cada vez mais os cientistas procuram bactérias, fungos e outros microorganismos para ajudar a lidar com isso.

Até agora, foram descobertas 436 espécies de bactérias e fungos que decompõem o plástico. Os cientistas estão esperançosos de que sua última descoberta possa levar ao desenvolvimento de enzimas eficientes para degradar biologicamente o lixo plástico.

Foi identificado por uma equipe internacional de cientistas que contou 55 bactérias e 184 cepas de fungos que são capazes de quebrar um poliéster biodegradável chamado policaprolactona (PCL), frequentemente usado na produção de poliuretano, informou um comunicado de imprensa do Royal Botanic Gardens.

“O crescente corpo de evidências científicas lança luz sobre o potencial ambiental para a degradação do plástico que precisa ser desbloqueado”, disse a líder sênior de pesquisa em Diversidade e Sistemática de Fungos no Royal Botanic Gardens (RBG), Irina Druzhinina. “Embora o plástico seja um material muito novo, possuímos algum conhecimento bioquímico sobre as atividades biológicas potencialmente envolvidas na quebra desses polímeros. Observamos que os genomas de fungos e bactérias codificam enzimas promissoras que podem contribuir para a degradação do plástico”.

De acordo com ela, os microbiólogos sentem-se responsáveis por encontrar soluções para o tratamento ecologicamente correto dos resíduos plásticos, porque bactérias e fungos serão os primeiros organismos a aprender a lidar com esse novo material. “Não temos dúvidas de que os micróbios descobriram maneiras de degradar o plástico com eficácia, mas isso pode levar milhares de anos se deixarmos a natureza seguir seu curso”, afirmou Druzhinina. “É por isso que nossa tarefa é utilizar o conhecimento que já possuímos da biologia microbiana para acelerar e direcionar a evolução dos micróbios e seus genes individuais para fazer o trabalho agora.”

Fonte: Redação A Tarde ESG

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