sexta-feira,20 setembro, 2024

Setor público é principal alvo de agência de proteção de dados

Sete dos oito processos instaurados pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) têm como alvo entidades do setor público. Foram abertos entre março e outubro de 2022.

As condutas mais recorrentes são falta de atendimento a requisições da ANPD, ausência de comunicação sobre incidente de segurança e não cumprimento de medidas protetivas.

Dois dos processos se referem ao governo federal, ambos envolvendo o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PL). A ANPD, responsável por garantir o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), criada em 2018, não dá detalhes dos processos nem o prazo para sua conclusão.

Há também ações contra o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Secretaria de Educação do Distrito Federal, a Secretaria da Saúde de Santa Catarina, o Instituto de Assistência ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) e a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco.

O único ente privado alvo de processo é a Telekall, empresa de telefonia do Espírito Santo, que recebeu multa por divulgar dados de pessoas físicas sem autorização.

Segundo a advogada criminalista Carolina Carvalho de Oliveira, sócia do escritório Campos & Antonioli Advogados, os julgamentos na ANPD “retratam realidade e necessidade de aplicação da LGPD em todos os setores, mostrando que o setor público também possui regras a serem cumpridas”.

“A LGPD foi um avanço que contribui com todos os ramos do direito e, para sua completa aplicação, a ANPD precisa deliberar sobre regramentos e acordos de modo a tratar com seriedade as violações à lei, seja quem seja o infrator”, afirma.

Texto: Fábio Zanini/Folhapress

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