Nas organizações, os CIOs (Chief Information Officers) ou CTOs (Chief Technology Officers) vêm ganhando cada vez mais importância, precisando ir além da área técnica e ter visão holística e sistêmica dos negócios. Controlando várias frentes, um dos fatores que costumam ter grande relevância para este profissional (e para a empresa) é o da previsibilidade dos custos. Além disso, a não implementação de tecnologias emergentes essenciais, como as que possibilitam melhorias na infraestrutura e arquitetura de sistemas, armazenamento na nuvem, compliance, cibersegurança e conformidade à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), não é uma opção. Para evitar ficar para trás no desenvolvimento do mercado, uma opção que permite a concentração no core business da empresa é a da terceirização de alguns serviços de TI (Tecnologia da Informação).
Quando bem contratados, os fornecedores de TI são capazes de ajudar a alavancar o crescimento e agregar valor aos negócios, melhorando a experiência do usuário e evitando a interrupção dos processos. Os parceiros devem atender a necessidades complexas: entender o estágio em que se encontra a área de TI do cliente, desenvolver estratégias operacionais de alto desempenho, otimizar recursos e gerar modernização, eficiência e sustentação. As parcerias também devem propor e implementar soluções de segurança da informação e de gestão de dados, protegendo os sistemas e as operações contra uma série de ameaças virtuais. E para completar, ainda precisam oferecer soluções para o dia a dia, como suporte.
De acordo com Walter Troncoso, sócio da Inove Solutions, startup especializada em TI, transformação e proteção digital, a transformação digital está vinculada à maneira como são alocados os recursos do orçamento de TI, especialmente voltados à inovação e modernização. “É um dos pontos mais importantes. Esta alocação de orçamento em favor da inovação gera, inclusive, mais economia no médio e longo prazo. Desse ponto de vista, a terceirização de certos serviços, sejam de arquitetura, desenvolvimento, data analytics, etc., ajuda a área de TI a ter uma gestão mais dinâmica e precisa, contribuindo com a modernização e inovação, de forma a complementar a atuação da equipe interna, pois as mudanças em tecnologia estão acontecendo de forma muito veloz atualmente.”, destaca o executivo.
Transformação Digital
No passado, era mais comum que as organizações fizessem quase tudo “dentro de casa” e a terceirização de serviços de TI era mais exclusiva. Hoje, entretanto, a opção é vista como válida e viável para agregar expertise e soluções de alta tecnologia dos parceiros aos processos internos. Este caminho traz consigo, inclusive, rapidez para se iniciar a transformação digital das organizações.
Ao contar com serviços que podem ser prestados de forma presencial ou remota, com visitas esporádicas em dias e horários agendados, é fundamental que a empresa contratante conheça bem seus processos internos, para identificar, junto com as contratadas, os pontos que precisam de melhorias. É preciso analisar fatores, como: O que ocasiona as falhas na operação? O que está prejudicando o desempenho do setor? O que pode ser melhorado?
“Ainda existem no Brasil organizações que mantém estruturas tecnológicas desorganizadas e obsoletas. Por vezes, elas não possuem documentações da área, mapas e inventários dos diferentes níveis, nem uma organização inteligente da arquitetura de sistemas. Nestes casos, é preciso que elas assumam o controle da situação o quanto antes, a fim de enfrentarem os atuais e os novos desafios de negócios que não tardarão a bater na porta da TI”, comenta Walter.
O especialista esclarece que a terceirização de serviços, além de aprimorar a maneira como uma empresa gerencia seus ativos e força de trabalho, elimina os gargalos e permite que a TI alcance melhores resultados para os negócios. E acrescenta: “Contar com apoio para implementar os primeiros passos para a transformação digital e atender às demandas da área é consequência de um diagnóstico de arquitetura completo, que busca reduzir custos, aumentar a eficiência da estruturação e da operação dos sistemas e liberar orçamento para outras ações estratégicas da empresa”.
Outro ponto importante, segundo Walter, é que o mapeamento e redesenho da arquitetura dos sistemas contemplem o médio e o longo prazos, em prol da transformação digital. O trabalho precisa ser capaz de prover uma solução customizada para o negócio, estreitamente alinhado com a estratégia da companhia. Assim, os resultados garantirão o sucesso da empresa.
