O mês de maio é considerado o ‘Maio Cinza’ para falar sobre a prevenção da doença.
Em Mato Grosso, 140 pessoas foram diagnosticadas com câncer cerebral em 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O caso é um tipo raro de câncer, representando um total de 1,7% entre todos os cânceres registrados no estado. E essa singularidade ainda provoca muito estigma em relação ao tratamento e prognóstico.
O mês de maio é considerado o ‘Maio Cinza’ para falar sobre a prevenção da doença.
Uma vez por mês, o neuro-oncologista Gabriel Batistella vai a Mato Grosso para atender pacientes com tumor cerebral ou complicações neurológicas do tratamento oncológico de forma geral. Entre os reduzidos especialistas da área, a maioria atua em São Paulo.
Ele explica que o paciente neuro-oncológico tem necessidades que pouco se discutem, que é o de estar em casa, perto da família.
“Ele tem que entender que ele consegue fazer o tratamento sem deixar de ser quem ele é”, pontua.
Isso porque, explica Batistella, que um dos principais fios condutores do tratamento é a chamada ‘performance’, que é estar bem, ter autossuficiência.
O câncer cerebral é, na maioria das vezes, esporádico. A medicina ainda se debruça para rastrear sua origem, com muitos estudos feitos, mas nada conclusivo. Por isso, os tratamentos personalizados para cada paciente, sendo observado como cada um responde durante o tratamento.
“Nós temos pacientes que são raros e, por serem raros, temos poucas pessoas que sabem tratar. São pacientes carentes de médicos, de esperança, de chances de vida. Mas quando acompanhados por um especialista, isso se reverte. Não existe mais isso de não ter o que fazer. Sempre há o que fazer, basta encontrar o caminho certo”, explica Batistella.
Ainda de acordo com o especialista por isso a importância do “Maio Cinza”, para mudar o senso comum sobre o câncer cerebral.