Um “zoológico de realidade virtual” foi recentemente inaugurado em Guangzhou, no sul da China. A iniciativa, ainda em fase piloto, busca oferecer uma experiência imersiva aos visitantes e, ao mesmo tempo, aumentar a conscientização sobre o tratamento dado à vida selvagem.
Em síntese, o projeto remove animais vivos e os substitui por recriações digitais autênticas. Os visitantes recebem headsets de realidade virtual logo na entrada do zoológico. Exibições interativas de leões, macacos, elefantes e vários outros animais selvagens são reproduzidas durante o passeio.
Um zoológico de realidade virtual
Com os headsets de realidade virtual, crianças e adolescentes podem ver animais de qualquer zoológico do mundo dentro de seus respectivos habitats. Além disso, os visitantes podem usar seus smartphones para escanear códigos QR e aprender mais sobre anatomia e fisiologia animal.
“Os turistas podem interagir com animais sem perturbá-los. — Liang Fengyun (Chefe do zoológico de Guangzhou)
Tecnologias imersivas
O zoológico VR foi criado pela Guangzhou Time Network Technology. Conforme o CEO Xiang Xi, a atração conta com uma série de tecnologias imersivas. Só para ilustrar: realidade virtual, aumentada, projeção em 3D e projeção holográfica a ser são aplicadas para criar experiências memoráveis aos visitantes.
“Nós usamos quase todas as tecnologias de imersão. — Xiang Xi (CEO da Guangzhou Time Network Technology Co Ltd.)
Em resumo, a primeira fase do projeto custou 20 milhões de yuan (US$ 3,1 milhões). Apesar do investimento significativo, a nova atração reuniu mais de 20 mil visitantes somente no primeiro dia. Os próximos planos envolvem lançar, no início de de 2019, um zoológico completo dedicado à realidade virtual.
Maus-tratos e proteção aos animais
A China tem um complicado histórico de maus-tratos a animais. Alguns zoológicos chineses já foram acusados de tentar passar animais domésticos por animais selvagens exóticos. Tudo na tentativa de enganar os visitantes e faturar mais. A iniciativa de Guangzhou surge para enfrentar essas práticas.
Enfim, em vez de sujeitar criaturas selvagens a condições de vida em cativeiro, o zoológico de Guangzhou pretende removê-las da equação e devolvê-las a seus respectivos habitats. No entanto, a pergunta que fica é: será que os visitantes se contentarão apenas com recriações digitais dos animais?
Fonte: Futuro Exponencial