O papel desempenhado pela tecnologia nas instituições de Ensino Superior foi o tema principal de evento que reuniu especialistas em Educação. Entre os convidados, estavam representantes do Ministério da Educação (MEC).
Nesse sentido, as temáticas principais envolvem os impactos da expansão da Educação à Distância (EAD) e dos efeitos da Inteligência Artificial (IA) no ambiente acadêmico.
“Este é um debate inescapável já que não é mais possível pensar na educação dissociada da tecnologia”, ressaltou a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Helena Sampaio, representando o MEC.
Transformações
A ampliação expressiva do número de ingressantes em cursos de gradução na modalidade EAD nos últimos anos aparece entre as mudanças mais visíveis diante do avanço da tecnologia.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2021, o número de ingressantes em cursos EAD correspondia a 63% do contingente total. Além disso, representava 3,5 mihões de matrículas em instituições privadas.
Outro dado importante na discussão é o perfil dos estudantes observado nas IES. Ainda segundo dados do Inep, enquanto que 62% dos ingressantes dos cursos presenciais tinham até 24 anos. Por outro lado, esse percentual é reduzido para 29,5% em cursos feitos à distância.
“Este é o papel das instituições e professores: pensar o potencial do uso das ferramentas de tecnologia de forma a contemplar as especificidades e as necessidades dos estudantes. A qualidade do ensino digital implica necessariamente ter em perspectiva qual público as instituições estão formando”, destacou Helena Sampaio.
Texto: Jessica Lima