sábado,23 novembro, 2024

Tecnologia gera modelos 3D de áreas submersas por meio de ondas sonoras

Com a crescente demanda por obras de infraestrutura em todo o país, faz-se cada vez mais necessário o uso de novas tecnologias a fim de auxiliar os profissionais na medição de áreas, mapeamento de terrenos e planejamento das obras. De acordo com levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), esse mercado deve crescer este ano 2% em relação ao ano passado.

Segundo Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, este é um segmento que está em constante transformação e é preciso estar sempre antenado para atender as demandas e auxiliar os profissionais em seus maiores desafios. Para ele, uma das maiores dificuldades é realizar o mapeamento de áreas submersas, atividade importante para o planejamento de grandes obras de engenharia em áreas em que há água. “A coleta de dados nessas áreas é mais difícil por conta do movimento da água, do relevo acidentado e da pouca ou nenhuma visibilidade”.

Neves explica que para auxiliar o profissional, existem hoje recursos tecnológicos como o ecobatímetro, um equipamento utilizado para realizar a medição do tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro, de frequência sônica ou ultrassônica, e a recepção do mesmo sinal após ser refletido pelo fundo do mar, lagoa, leito de rio, barragens, represas e lagos. “Com essa ferramenta é possível gerar modelos 3D da topografia analisada, otimizando a análise e interpretação de dados. Com os resultados, podemos traçar estimativas de variações de volume de água, identificando, inclusive, se há riscos de inundação em áreas de risco”, conta.

Para o executivo, o investimento feito nessa tecnologia pode render resultados positivos para áreas de atuação na água, pois além de reduzir o tempo para a realização do mapeamento do terreno, assegura-se a precisão na coleta dos dados e na identificação de pontos sensíveis. “Esse equipamento possibilita atualizar constantemente mapas de rotas marítimas, identificar áreas de risco e embasar estudos técnicos para grandes obras de engenharia em áreas submersas, como pontes, canais para transporte de água, entre outros”, comenta o especialista.

Entre outros equipamentos modernos, a CPE Tecnologia trabalha atualmente com o Ecobatímetro D230. “Trata-se de um novo recurso que faz a leitura precisa das áreas submersas porque tem um excelente receptor acústico, que capta o eco gerado dentro da água, gerando modelos 3D com exatidão”, explica Neves, que finaliza dizendo que “quando se usa a ferramenta adequada, é possível reduzir custos, aumentar a agilidade e tornar o projeto mais preciso.

Fonte: Mundo GEO

Redação
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