Já é possível enviar mensagens para a IA e receber respostas em tom conversacional de volta, como uma verdadeira interação. No entanto, uma empresa espanhola foi além: a Voicemod permite que os usuários escolham personagens de IA com vozes reais para modificarem sua própria voz durante ligações ou partidas de videogame. Tudo isso em tempo real.
Humanos de IA
- A Voicemod revelou uma série do que chamou de “humanos de IA”: são 20 personagens com aparência e voz humanas, variando de uma mulher de 20 e poucos anos até um homem idoso;
- As vozes são treinadas por dubladores reais e profissionais;
- A empresa ainda trabalhou com síntese de voz e recursos de áudio, atividade que vem fazendo desde 2014;
- Em ligação com a CNBC, o CEO da empresa, Jaime Bosch, demonstrou a tecnologia e, por telefone, alterou sua voz diversas vezes, indo de um locutor homem para uma voz feminina em poucos segundos.
Como usar
Para usar o Voicemod, basta baixar o aplicativo no sistema Mac ou Windows, ativar o microfone e escolher qual das 20 vozes você quer usar em determinada ligação. O serviço também está disponível para chamadas pelo Discord.
Para que serve?
Segundo Bosch, a tecnologia desenvolvida pela Voicemod permite criar “comunidade de criatividade”, com recursos destinados ao entretenimento, “curtir com amigos e ter sentimento de pertencimento”.
Ele comenta que uma das suas utilidades favoritas do serviço é permitir que pessoas tímidas, que não socializam também, possam fazê-lo na voz de outra pessoa.
Imitações por IA
- Bosch está ciente dos riscos, ainda mais quando a tecnologia da Voicemod funciona em tempo real – ou seja, conforme a pessoa fala, a voz escolhida por ela reproduz o mesmo;
- Segundo ele, a empresa está terminando solução de “marca d’água”, que possibilita identificar quando a voz falada é modificada artificialmente;
- O CEO também menciona que está discutindo com outras empresas sobre a segurança desses recursos de IA, já que, apesar de regulamentações estarem em andamento, as companhias caminham mais rápido que as leis.
Fonte: Olhar Digital