sexta-feira,22 novembro, 2024

Cientistas querem prever incêndios florestais usando drones

Pesquisadores da Northeast University, no Canadá, estão desenvolvendo um algoritmo para prever a ocorrência de incêndios florestais. A ferramenta avaliaria o risco de cada ponto na floresta pegar fogo, permitindo a tomada de medidas preventivas e ações imediatas, caso o desastre venha a acontecer.

Diz o ditado popular que onde há fumaça, há fogo, mas os cientistas canadenses estão tentando antecipar até mesmo a fumaça. Michal Aibin, um dos responsáveis pelo estudo, aponta que a imensa maioria das pesquisas sobre incêndios florestais ao redor do mundo tratam da detecção destes eventos. “Mas, obviamente, quando detectamos o fogo, o incêndio já está acontecendo. O que nós queremos é prevê-los,” afirma.

“Nosso objetivo é fornecer o máximo de informações possíveis para que estratégias de prevenção possam ser implementadas,” explica Aibin. Somente no Canadá, um total de mais de 1.800 incêndios queimaram 135.000 hectares de florestas — um prejuízo de 650 milhões de dólares para o país. O Fórum Econômico Mundial estima que, ao redor do mundo, estes eventos impactem o planeta em 50 bilhões de dólares por ano.

Em relação às emissões, a instituição calcula que 645 milhões de toneladas de carbono tenham sido liberadas em 2021 graças a estes eventos, alimentando um ciclo vicioso: mais carbono leva a mais aquecimento global, que proporciona incêndios mais frequentes. Estes fenômenos podem ainda se estender para áreas com outros tipos de vegetação, como gramíneas e arbustos.

O trabalho de Aibin e sua equipe usa drones para monitorar fatores como a quantidade de material inflamável presente no solo, as espécies vegetais presentes e sua vulnerabilidade ao fogo e a proximidade de corpos d’água. Os dados servem de entrada em um programa que apresenta, na forma de um mapa, diferentes classificações de risco de incêndio, de baixa a extrema, dessa forma, as autoridades locais podem agir preventivamente.

Os cientistas aplicaram, até o momento, sua metodologia em florestas do estado da Colúmbia Britânica, mas sua expectativa é que o projeto possa se expandir para atender todo o Canadá e, posteriormente, outros países ao redor do mundo.

Fonte: Northeastern University

Redação
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