Um estudo de doutorado realizado na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), aponta que a utilização do idioma nativo funciona como uma espécie de “porta de entrada” para aprender uma segunda língua, isto é, os conhecimentos já adquiridos na língua-mãe seriam os pontos de ancoragem para os novos conhecimentos a serem construídos com um novo idioma.
Em outros termos, aprender uma língua estrangeira estimula o cérebro a ampliar a criatividade, raciocínio, capacidade de concentração e, ainda, melhorar o uso da língua-mãe.
Para a diretora pedagógica do Instituto da Língua Inglesa (ILI), Zenaide Brianez Rodrigues, a língua estrangeira não é um luxo e, sim, necessidade. “Vivemos em um mundo que está mais conectado e globalizado, sendo imprescindível a fluência e certificação de um outro idioma o mais cedo possível, levando em consideração as exigências do mercado”, diz.
De acordo com Zenaide, iniciar o estudo de uma segunda língua, ainda na infância, é essencial para desenvolver habilidades. Isto porque, os hábitos não estão enraizados e, consequentemente, facilita na rapidez em expandir outro idioma, porém não impede o aprendizado na fase adulta.
“É preciso saber da importância e posição vantajosa no mercado que uma pessoa pode ter ao dominar a língua inglesa. A infância é considerada a melhor fase para o início do aprendizado, e, ao contrário do que muitos pensam, não há impacto na aquisição da língua materna”, explica a gerente de Exames Internacionais do Instituto da Língua Inglesa, Lívia Mascarenhas.
Uma criança bilíngue sabe distinguir os idiomas desde muito cedo e, também, consegue aprender diferentes maneiras, ambientes e situações para o uso das diferentes línguas. Também não há a menor possibilidade de confusão entre elas. As informações fornecidas são do livro da Fundação Santillana, cujo tema é Desafios e práticas na Educação Bilíngue.
O livro descreve ainda que quando a criança adquire duas línguas desde a infância, ocorre o processo de adequação que se junta à língua materna, e isso é resolvido de forma natural, assim como na língua-mãe.
“O processo de aprendizado na infância deve ser lúdico e com muita interação. O ensino de outro idioma tem que ser espontâneo e natural, assim como a língua nativa”, esclarece Zenaide Rodrigues.