Após quebrar o pescoço em um acidente de bicicleta e ficar com paralisia nas pernas, o holandês Gert-Jan Oskam, de 40 anos, voltou a andar com muletas ao receber implantes que permitem que seu cérebro envie sinais para a coluna.
Enviador por meio de um computador em uma mochila, os sinais permitem que o homem se levante da posição sentada, suba escadas e faça caminhadas ao ar livre.
Após quebrar o pescoço em um acidente de bicicleta e ficar com paralisia nas pernas, o holandês Gert-Jan Oskam, de 40 anos, voltou a andar com muletas ao receber implantes que permitem que seu cérebro envie sinais para a coluna.
Enviador por meio de um computador em uma mochila, os sinais permitem que o homem se levante da posição sentada, suba escadas e faça caminhadas ao ar livre.
O sistema atual é um upgrade da primeira versão, que Gert-Jan Oskam recebeu há cinco anos, e que envolvia apenas os eletrodos espinhais. Com esta versão, Oskam ativava cada passo fazendo um pequeno movimento de calcanhar, o que ele conseguia fazer porque o acidente não havia rompido completamente sua medula espinhal.
Os movimentos do calcanhar foram detectados por sensores de movimento leves, e isso fez com que os implantes espinhais acionassem movimentos semiautomáticos coordenados por redes de neurônios na medula espinhal inferior.
Mais autonomia
As etapas seguintes permitiram que Oskam caminhasse em terreno plano usando um andador com rodas.
Em 2021, Oskam conseguiu a atualização do implante cerebral. Poucos minutos após a cirurgia, ele conseguiu andar e isso levou a movimentos mais naturais.
“Ele pode ajustar quando a estimulação é ativada e por quanto tempo. Isso torna o movimento muito fluido”, disse Guillaume Charvet, da Universidade Grenoble Alpes, na França, outro membro da equipe.
“A estimulação antes estava me controlando e agora estou controlando a estimulação por meus pensamentos”, diz Oskam.
O sistema controlado pelo cérebro também leva a uma maior variedade de movimentos dos quadris, joelhos e tornozelos, explica Henri Lorach, membro da equipe da EPFL.
Até agora, nove pessoas receberam apenas os implantes espinhais, controlando seus movimentos ao fazerem pequenos movimentos de suas pernas ou pressionando botões no andador.
Alguns destes pacientes poderão receber a atualização da tecnologia, como Oskam. A equipe também tem aprovação para tentar usar a mesma abordagem para restaurar os movimentos do braço de pessoas paralisadas do pescoço para baixo.
Fonte: Terra