O conceito de metaverso não é novo, mas ganhou impulso depois que o Facebook resolveu mudar o próprio nome para Meta. Desde então, uma série de empresas iniciaram uma corrida tecnológica para disponibilizar plataformas que permitissem a união do mundo digital com o físico, criando o conceito de “figital”.
Sendo um setor com alta aplicação de tecnologias, o agronegócio brasileiro acompanhou a tendência. Somente entre o fim do ano passado e o início deste ano, foram lançados três projetos exclusivos para as atividades agropecuárias no País, os quais disputam o pioneirismo dessas plataformas.
O metaverso do Brasil Agriland vai proporcionar um espaço de relacionamento entre agentes do setor, enquanto o Agrispace quer impulsionar toda a cadeia produtiva ao compartilhar técnicas e tecnologias. Já o AgroVersus é focado na coleta de dados agrícolas para oferecer uma plataforma de treinamento que torne a produção mais eficiente.
Afinal, o que é metaverso?
O metaverso é um universo imersivo virtual em três dimensões (3D) onde os usuários podem interagir entre si, explorar ambientes e objetos, realizar transações financeiras, entre outras atividades. Esse sistema está revolucionando a forma como as pessoas se comunicam e interagem e tem diversas aplicações em diferentes setores, incluindo o agronegócio.
A tecnologia funciona por meio da conexão de diversas plataformas que criam os ambientes virtuais, os quais podem ser acessados por meio de computadores, smartphones e dispositivos de realidade virtual. Uma vez dentro do metaverso, usuários podem se mover livremente e interagir com outras pessoas e objetos, como se estivessem em um mundo real.
De acordo com a McKinsey, o metaverso deve gerar US$ 5 trilhões em valor até 2030. No momento, o conceito ainda parece abstrato, mas a introdução da conexão 5G e de outras ferramentas deve popularizar essas plataformas.
Aplicações do metaverso no agronegócio
As aplicações do metaverso no agronegócio pode gerar mudanças significativas para o setor, incluindo eficiência operacional, segurança no trabalho, produtividade e rentabilidade.
A tecnologia também pode ajudar a reduzir o impacto ambiental das operações agrícolas, permitindo que agricultores simulem diferentes cenários e tomem decisões mais informadas sobre como otimizar as práticas no campo. Confira as possíveis aplicações.
1. Treinamento e capacitação de funcionários
No metaverso, funcionários podem praticar habilidades em um ambiente virtual sem riscos de causar acidentes ou prejuízos financeiros. A tecnologia é útil para treinar e capacitar profissionais em diversas áreas do agronegócio, desde o manejo de máquinas até a gestão de equipes.
2. Simulação de colheitas e plantações
A tecnologia pode ser usada para simular colheitas e plantações em diferentes cenários, permitindo que agricultores testem variadas técnicas de plantio, fertilização e colheita, bem como tomem decisões mais informadas sobre como otimizar as operações.
3. Análise de dados
O ambiente virtual permite visualizar e analisar dados agrícolas em 3D, contribuindo para que produtores entendam melhor o desempenho das operações e tomem decisões mais orientadas. Por exemplo, é possível simular o crescimento das plantas, as condições do solo e a distribuição de nutrientes em um ambiente virtual.
4. Comércio de produtos agrícolas
O metaverso pode ser usado para realizar transações financeiras e comércio de produtos agrícolas em um marketplace seguro e eficiente. Agricultores podem vender produtos diretamente para consumidores, eliminando intermediários e reduzindo os custos.
5. Experiência imersiva de consumidores
As tecnologias de realidade aumentada e virtual, aliadas ao metaverso, podem criar experiências imersivas para consumidores, aproximando-os da realidade da fazenda. O ambiente pode mostrar como a produção agropecuária é realizada, gerando um laço muito mais forte entre clientes e propriedade rural.
Fonte: Sombrero Seguros, Madeira Total, Crypto ID, McKinsey
Por: Canal Agro Estadão