A Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou que o governo irá investir R$ 360 milhões no setor aeroespacial e em inovação e tecnologia. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (5), nas instalações do Cemaden, em São José dos Campos (SP).
O montante, segundo a ministra, é 10 vezes a mais do que já se investiu no setor e será destinado para o desenvolvimento de um novo satélite, além de criação de plataformas na área da tecnologia em parceria com empresas.
“Os investimentos terão como contrapartida das empresas a inovação. Elas terão que apresentar projetos de inovação na base de R$ 75 milhões e nós poderemos desenvolver uma tecnologia muito avançada, que é o satélite óptico que vai possibilitar o imageamento de territórios brasileiros, inclusive ultrapassando as nuvens que é uma grande dificuldade que temos, principalmente na região amazônica”, detalhou.
A ministra falou também que outros investimentos deverão ser anunciados na próxima semana para a área de inovação. Esses valores, que não foram antecipados nesta sexta-feira, serão destinados à prevenções de desastres e estarão ligados ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com sede em são José dos Campos.
“Os investimentos que faremos serão para a área de inovação, para que equipamentos utilizados tanto nas estações hidrológicas e geológicas, sejam mais sofisticados, leves e fáceis de manutenção”, disse.
Acordo Embraer e Finep
No evento, a Embraer e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram nesta sexta-feira (5), um acordo para o desenvolvimento de plataformas demonstradoras de novas tecnologias aeronáuticas.
O acordo é voltado para compartilhar com as empresas os custos e riscos inerentes às pesquisas e desenvolvimentos de baixo e médio nível de maturidade tecnológica ocorreu durante a cerimônia de comemoração dos 30 anos da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), em São José dos Campos.
O projeto de inovação é avaliado em mais de R$ 180 milhões e terá o aporte de R$ 120 milhões da Finep ao longo dos próximos três anos. Os recursos complementares virão como contrapartida da Embraer e cinco outras empresas: Alltec, Equatorial, Eleb, Motora e TecCer.
O acordo prevê o desenvolvimento de bancadas de teste em solo (RIGs), softwares e uma aeronave modular remotamente operada para realização de ensaios em condição real de voo.
O objetivo é promover um aumento das atividades de inovação e o incremento da competitividade das empresas e da economia do país.
Por: G1 Vale do Paraíba e Região