Pela primeira vez na América Latina, o Web Summit terminou no Rio de Janeiro, quinta, com recorde de inscritos. Ao todo foram 21.367 participantes de 91 países; 974 startups com viés nas áreas de soluções de software, fintechs e educação, 596 investidores, além de curiosos e gente querendo se atualizar.
Trata-se de mais uma “filial” do maior evento de inovação do mundo. A parceria tem previsão de durar, até agora, seis anos, se tudo sair nos conformes.
Foram três dias de muito assunto, correrias, alguns sobressaltos, referentes a organização e estrutura, mas que não diminuíram diante do brilho e palestrantes espetaculares como Brittany Kaiser e de Neil Patel.
Evento para dar match entre startups e investidores
Diferentemente do SXSW, este evento é mais voltado para criar conexões ou, na palavra da moda, dar match entre criadores – em estágio de alpha, beta e growth – e investidores já que as palestras são mais curtinhas e torna o conteúdo mais raso.
Aqui, alguns trends que destacamos nesta edição:
Se o evento do Texas trouxe o AI como o assunto dominante, o Web Summit Rio tratou o assunto como lugar-comum, embarcados nas mais de 900 startups presentes.
Mas o que falaram de Chat GPT e inteligência artificial generativa? Que é algo para hoje e, sobretudo, faz-se necessário a regulamentação. Quem serão os proprietários de uma música produzido pela máquina ou uma obra de arte?
Não é para pensar “quando devo começar a utilizar a automação generativa? É para iniciar hoje com foco em sempre tentar humanizar os inputs com sentimentos e humor.
Números de automação no mundo
Segundo Sara Al-Hussein, em até 18 meses, o serviço de atendimento ao consumidor deve estar 60% automatizado no mundo. “Esse e todo o tipo de atividade repetitiva e manual”, explica a executiva. Vai sair na frente que souber prestar o serviço de forma mais eficiente, rápida e humana. “A falta de dado é a maior reclamação nesse setor. Prover essa lacuna é a certeza do sucesso”. A demanda é crescente.
Mais dicas: seja autêntico. O mundo está cheio de cópias. Com tantas recomendações, tornar-se inesquecível pode ser seu maior asset. Agora saiba que tudo na vida tem um preço.
Palavrinhas que um influenciador nunca deva esquecer: responsabilidade e compromisso
Qual o valor do seu produto? Propague. Esforce para melhorar sempre.
Dados é um asset poderoso
Dados é o novo petróleo. Conteúdo é até barato de se produzir, mas analisar de forma rápida e eficiente para entregar a melhor prestação de serviço é certeza de performance.
Para a ativista de direitos civis, Britanny Kaiser , muito se avançou na discussão da segurança dos dados, em cinco anos, mas ainda falta transparência. Ela lidera um movimento de trazer o protagonismo de transformar os dados como propriedade numa espécie de um bem intangível.
Jeff Shiner veio para o WebSummit lançar a ideia do pass key no lugar das tradicionais 123456. Seria uma espécie de identificação via aparelho conjugado com reconhecimento facial. Isso evitaria a exposição de senhas comuns e golpes na internet – segundo ele.
Para Graham McDonnell, algumas dicas que devem estar no seu pensamento ao criar um storytelling da sua marca: definir os objetivos da ação – saber o que, para quem quer e como, além de entregar valor ao produto. Sem falar que a qualidade sempre deve pressupor a quantidade.
Números que impressionam: serão gastos US$ 900 bi em anúncios nas plataformas digitais pelo mundo no ano, mas só 0.1% vai funcionar.
Podcast é um canal poderoso
Podcast é uma aposta assertiva em busca da autoridade, mas deve-se preocupar-se com o como e o conteúdo, antes de qualquer coisa. Mais da metade dos perfis criados fecham em menos de um ano.
A jornada do consumidor nunca deve ser restrita no on ou no off. A melhor estratégia é a combinação dos canais. Agora, conheça bem o seu produto para criar a melhor forma do funil.
Para o mestre em marketing digital Neil Patel, qualquer empresa deve focar sua estratégia de divulgação omnichannel e isso não significa rede social. É trabalhar com mídia, podcast, website e newsletter.
“É uma orquestra. Todo mundo deve estar ensaiando por um único pensamento. Não adianta gastar energia e dar o melhor de si sem o diálogo e a unidade”, adianta no seu pitch.
Comunidade, lealdade e pertencimento
Outra dica do britânico: busque as comunidades. Seja o porta-voz. Faça com que as pessoas vislumbrem a sensação de pertencimento.
Dentro desse conceito de pertencimento, Gail Heimann traz uma evolução da comunidade: a reciprocidade, aka “two way streetism”. “É uma situação ou relacionamento envolvendo ação ou obrigação recíproca”.
Youtube é o segundo maior buscador da Internet. Só perde para o Google, mas se o seu objetivo é a gen Z, esqueça. Foque no TikTok. É onde esse nicho utiliza para saber das coisas. Para se destacar, pergunte ao seus seguidores e invista numa geração de comentários propositivos e reflexivos para engajar.
Enquanto todo mundo está voltando seus esforços para entender e fisgar a gen Z, há um oceano azul nos 50+.
O fantástico mundo do OnlyFans
Não tenha preconceito com o OnlyFans. A platforma de conteúdo adulto gera cifras milionárias, sobretudo, para os produtores de conteúdo. Ano passado, a receita foi de US$ 10 bi. Alias, a rede social tem um modelo de negócio bem simples: quem produz fica com 80% e a companhia detém 20%, sem nenhum tipo de anúncio para prejudicar a experiência do usuário, nem o famoso algoritmo o que limita muito a vida de quem cria. “O nosso foco é a liberdade autoral e a segurança das partes”, disse a CEO Amrapali Gan.
Time é muito importante para conquistar algo. Saiba contratar bem e sempre esteja desenvolvendo o melhor produto para entregar o melhor serviço.
Finlândia de portas abertas
Assim como o Canadá, a Finlândia está em busca de pessoas para migrarem para o país em busca de qualidade de vida e empregos.
Fonte: Uol
