Para garantir a comercialização responsável do ouro é crucial que haja iniciativas e soluções que combatam o comércio ilegal de metais preciosos e extração mineral. Isto foi o que a startup da brasileira Minery ressaltou durante a competição de pitch no Brasil, e, com esse lema, acabou garantindo a vaga para a disputa em Washington.
Na próxima etapa das competições, continua a busca por investimento em tecnologias, melhorias e reconhecimento do setor mineral legal.
Para o CEO da Minery, Eduardo Gama, é fundamental levar para as competições a importância da certificação e rastreabilidade do ouro, fator que o Brasil vem enfrentando gargalos, justamente ao tentar combater as irregularidades de alguns atores desse mercado que, inclusive, impactam até mesmo empresas de outros países.
“Apresentei nesta primeira competição e vou levar até Washington, com alguns ajustes, o nosso problema que é muito focado na exploração ilegal do ouro e a importância de combater essas ações que impactam empresas de renome de outros países”, informa Gama.
O CEO ainda enfatiza que o assunto está bastante em alta, mas que mesmo assim são poucos os que visam e buscam saber a origem do minério. “Fala-se muito de descarbonização e mundo verde, mas ninguém está olhando de onde estão saindo os minérios para alimentar essa transição. Então a nossa startup ajuda a resolver esse problema também”, completa.
As soluções da startup são baseadas em certificação e rastreabilidade para commodities minerais. Os dados produzidos pelas certificações, são armazenados e transitados em blockchain, garantindo a segurança e imutabilidade das informações, assim, proporcionando mais segurança ao ouro vendido.
Dentro das soluções que permitem que mineradores estejam dentro das boas práticas internacionais estão a implementação dos passaportes digitais da startup europeia Minespider, a rede blockchain utilizada pelo Certimine. A rede possui amplo reconhecimento mundial e visa permitir através da rastreabilidade, demonstrar para os compradores finais as condições em que os minérios foram produzidos.
Atualmente, o Certimine tem mais de 100 mineradoras certificadas no Brasil, sendo uma das parceiras desses projetos a Fênix DTVM.
“Trabalhamos e incentivamos diversas iniciativas que promovem as boas práticas na atividade mineral. Isso é extremamente necessário para tornarmos a mineração respeitável e, principalmente, agindo dentro dos critérios legais”, declara Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, diretor de Operações da Fênix DTVM.