Os novos modelos de negócios para a produção de energia, o uso de biomassa, biogás e energia solar serão os principais assuntos debatidos durante o XI Seminário de Energia – Oportunidades no Setor Elétrico, que será realizado de 08 a 10 de maio em Cuiabá. O evento reunirá especialistas e grandes nomes para debater e fortalecer o mercado da energia.
Um dos palestrantes é o empresário do setor e presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia), Tiago Vianna de Arruda.
Vianna explica que Mato Grosso é o 5º do país em geração fotovoltaica distribuída do país. Além disso, esse tipo de energia sustentável trouxe mais de R$ 4,7 bilhões em investimentos para o estado, gerando mais de 27 mil novos empregos. Cerca de 76% do uso de energia solar em Mato Grosso é em residências, seguido por 11,5% em comércios e serviços.
“A energia elétrica é uma necessidade para todos e uma alternativa viável é buscar formas de baratear os gastos investindo em fontes sustentáveis. A energia solar fotovoltaica é o futuro do país. Há projeção de que até 2050, 32% da energia consumida no Brasil será dessa fonte energética. A energia hídrica corresponderá a 30%, seguida pelo gás natural com 14,7%, eólica com 14,2%”, afirma Vianna que é proprietário da empresa Enersim Energia e lembra que desde 2016 há um aumento pelos investimentos dos consumidores para gerar a própria energia.
O setor industrial tem trilhado por esse caminho com projetos de bioenergia. Mato Grosso registrou uma produção de 4,2 bilhões de litros de etanol na safra 2022/23. Cerca de 75% do biocombustível é oriundo do milho. Considerado o terceiro maior estado produtor de etanol do Brasil, o estado conta com uma projeção para o ciclo 2023/24 de 5,3 bilhões de litros.
“A energia elétrica é insumo fundamental e estratégico e toda alternativa para ampliar nossa capacidade produtiva e dar competitividade nos mercados interno e externo é bem-vinda. Esse evento é muito importante e conta com o apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso”, pontua o presidente em exercício da Fiemt, Edgar Borges.
Nova alternativas energéticas
De acordo com dados das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind MT), o estado teve produção de 4,27 bilhões de litros de etanol na safra 2022/23. Cerca de 75% desse biocombustível é oriundo do milho — cereal produzido em abundância no estado — e a partir do momento que esse grão passou ser industrializado localmente houve maior incremento na economia. Além disso, o setor tem usado a produção de biogás e biometano para a geração de bioenergia e gás natural.
“A geração de biometano, por exemplo, vem aí para ser mais uma alternativa de fonte energética. Mato Grosso está na vanguarda de grandes projetos de biocombustíveis e bioenergia. O caminho futuro é esse: energia limpa e sustentável”, finaliza Tiago Vianna.
Fonte: Sistema Fiemt