Um quadrado com as pontas arredondadas, um círculo no meio e outro círculo no canto superior direito: com poucas palavras, é possível definir a câmera que forma o ícone do Instagram. O histórico formato minimalista é resultado de várias mudanças desde o lançamento da rede, em 2010.
A evolução do logo da rede social segue as transformações do Instagram ao longo dos anos, de um espaço voltado apenas para publicação de fotos a uma plataforma multimídia versátil e dinâmica. Em mais de uma década de existência, a empresa teve cinco ícones diferentes, com direito a uma grande reconstrução em 2016.
A história do logo do Instagram
O primeiro ícone do Instagram foi criado por Kevin Systrom, o co fundador da rede social. O projeto é inspirado nas câmeras instantâneas, como as da Polaroid, que revelam a imagem impressa logo após o clique.
Com um desenho de arco-íris e o nome do aplicativo, o logo traduziu a proposta do Instagram: uma plataforma para tirar fotos com efeito retrô e compartilhar rapidamente o resultado com outras pessoas.
Meses após o lançamento, o aplicativo recebeu um novo ícone, feito pelo designer Cole Rise, que também desenvolveu alguns dos filtros originais do app. A versão simplificou o desenho anterior, removeu a estrutura da câmera, mas ainda manteve alguns elementos principais, como o visual de décadas passadas, a lente e o arco-íris.
2011: pequenas alterações
Com o sucesso na App Store, o ícone do Instagram manteve o conceito, mas recebeu alguns ajustes: o logo passou a exibir o termo “Insta”, alterou a moldura e trocou as cores do reflexo na lente. A versão durou bastante tempo e foi mantida até 2016.
Em 2020, durante a comemoração dos 10 anos da rede social, o Instagram divulgou uma foto do que seria a parte traseira do ícone de câmera.
2016: a reviravolta
Muita coisa aconteceu nesse intervalo de cinco anos, a começar pela aquisição do Instagram pelo Facebook, mas existem dois fatores principais que motivaram a mudança no logo.
Primeiro, a rede social deixou de ser apenas um lugar para postar fotos com os filtros tradicionais e ganhou muitas outras funções, como Stories e novas formas de publicar vídeos. Logo, não fazia sentido manter o visual retrô para identificar uma plataforma em constantes alterações.
Além disso, o mercado de design de aplicativos também passava por uma fase de mudanças, impulsionado especialmente pelo lançamento do iOS 7, em 2013. Na ocasião, a Apple remodelou todos os ícones de seus apps e adotou uma estética minimalista e plana, e consequentemente muitas outras empresas seguiram o mesmo caminho.
A alteração no Insta veio em 2016, com o apelo minimalista usado até hoje e um esquema de cores em gradiente. Mesmo com recepção negativa da comunidade de usuários, o ícone se consolidou e é usado em diferentes combinações pela empresa.
Dica: se você se interessou pelo assunto, vale a pena conferir o 4º capítulo da 2ª temporada de Abstract: The Art of Design, série original da Netflix. O episódio é centrado no designer Ian Spalter, que liderou a mudança e relata o processo criativo, com direito a alguns esboços de logos alternativos.
A rede social recebeu outra atualização visual em 2022, mas sem afetar a estrutura do ícone — dessa vez, a mudança veio nos tons de gradiente usados pelo Instagram. A empresa reforçou as alterações no comunicado oficial:
“O que começou como um arco-íris estático e de polaroid agora é um arranjo vivo de cores que pode guiar e reproduzir. Respondendo a esse contexto, convida a interação. Construído para viver dentro e fora do app, o gradiente é dinâmico, capaz de mudar em composição e balanço de cores num espaço 2D ou 3D”.
Além das cores, a rede também instituiu um novo padrão de fonte para todas as comunicações do app.
Fonte: Canal Tech
