A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e a Comissão Parlamentar de Saúde, Previdência e Assistência Social propuseram esta semana uma ação civil pública pedindo esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre os critérios adotados para a distribuição da vacina contra a Covid-19 aos estados.

A ação levanta questionamentos quanto ao número de doses destinados ao estado, e o quantitativo divulgado em páginas oficiais do governo federal.

A ação tem como base o comparativo entre os dados disponíveis pelo governo federal e as informações contidas nas notas de fornecimento das vacinas.

Segundo o portal, até o dia 2 de abril, Mato Grosso já teria recebido 561.210 doses da vacina, enquanto as notas de fornecimento apontam para apenas 159.190 doses.

Outro questionamento é o comparativo da quantidade de doses enviadas para outros estados da região Centro Oeste, como Goiás, com 1.233.780 doses, e Mato Grosso do Sul, com 576.510 doses.

Mato Grosso do Sul tem uma população inferior ao estado mato-grossense, mas recebeu um número maior de doses.

Por isso, a ALMT pede a justificativa e os critérios usados para a determinação do quantitativo enviado.

No entanto, nota-se que há uma demora maior na aplicação das vacinas no estado, e não apenas na distribuição.

Mato Grosso aplicou 273.219 mil doses, ou seja, 48,6% das doses recebidas, enquanto Mato Grosso do Sul aplicou 451.618 doses, que corresponde a 78,3% do lote em estoque.

Para o deputado estadual Dr. Eugênio Paiva (PSB), que presidiu a comissão de saúde até o mês de fevereiro, as informações são contraditórias, e não correspondem ao número real de doses entregues, o que deixa Mato Grosso em desvantagem em relação aos demais estados.

Ele afirma que a AL quer entender a matemática utilizada pelo Ministério da Saúde para definir o quanto Mato Grosso deve ou não receber e pede explicações sobre a diferença entre as doses enviadas e recebidas.

A ação também cobra esclarecimentos sobre os critérios definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para determinar o quantitativo de doses que devem ser destinadas a cada estado.

Fonte: G1MT

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