quinta-feira,19 setembro, 2024

Startup concorrente da Neuralink lança plataforma para acelerar inovações médicas

A Science, startup de biotecnologia concorrente da Neuralink, de Elon Musk, lançou uma plataforma que visa facilitar o desenvolvimento e a produção de dispositivos médicos por outras empresas. Batizada de Science Foundry, ela permite acesso a mais de 80 ferramentas e serviços da companhia.

Em entrevista à CNBC, Max Hodak, cofundador e CEO da Science, disse que o custo da tecnologia necessária para desenvolver dispositivos médicos costuma ser “proibitivo” para startups em estágio inicial. Segundo ele, as ferramentas individuais podem custar de US$ 200 mil (aproximadamente R$ 104,7 mil) a US$ 2 milhões (R$ 10,5 mil) e as empresas facilmente gastariam centenas de milhões de dólares construindo uma linha de produção.

E é justamente nesse ponto que a Science Foundry quer atuar. O executivo indicou que o custo de usar a nova plataforma é comparável ao de trabalhar com instalações acadêmicas, que são “baratas para começar”. “Esperamos derrubar as barreiras à inovação”, enfatizou o executivo. “Há um monte de pessoas inteligentes por aí que têm um monte de ideias diferentes das que temos e gostaríamos de capacitá-las.”

Hodak acrescentou que espera ver demanda de outras empresas de neurotecnologia, mas que startups de tecnologia médica e até mesmo negócios de computação quântica representam oportunidades de crescimento.

Passagem pela Neuralink
Antes de criar a Science, Hodak cofundou a Neuralink com Musk e atuou como seu presidente. Lá, ele ajudou a desenvolver uma interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês) projetada para ser implantada diretamente no cérebro. Na sua atual empresa, por sua vez, ele está trabalhando em um implante que não vai diretamente no órgão.

A reportagem da CNBC destaca que seu principal sistema BCI é o Science Eye. Trata-se de uma prótese visual que visa ajudar pacientes com duas formas de cegueira grave a restaurar algumas informações visuais em seus cérebros.

O dispositivo conta com uma matriz de micro-LED fina e flexível que é implantada cirurgicamente sobre a retina. Ele controla um grupo de células sensíveis à luz no nervo óptico que a Science altera por meio de uma forma de terapia genética optogenética – quando um pixel é ativado na matriz, uma célula também é ativada no nervo óptico, que pode ser usada para conduzir o nervo e enviar a visão ao cérebro.

O implante é alimentado por óculos especiais equipados com pequenos sensores e câmeras. A matriz de LED traduz as imagens que recebe desses óculos e as envia para o nervo óptico. Por enquanto, a tecnologia está sendo avaliada em coelhos, mas Hodak espera realizar testes com pacientes humanos no ano que vem.

Fontes: Época

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