Um estudo do Boston Consulting Group mostrou que apenas 13% das startups ligadas à Web3 têm mulheres entre os fundadores. E somente 3% dos times são totalmente femininos. Desenvolvido pelo BCG X, a unidade de tecnologia do grupo, em parceria com o estúdio de inovação People of Crypto Lab – o estudo usou como base um banco de dados com 2.800 participantes em todo o mundo.
A pesquisa mostra que aproximadamente 27% das profissionais das principais empresas do setor são mulheres, e que a maioria destas ocupa funções não-técnicas, como RH e marketing. Segundo a consultoria, empresas fundadas exclusivamente por homens recebem quase quatro vezes mais investimentos, em média, do que as formadas por mulheres. Das empresas incluídas no estudo e conseguiram arrecadar mais de US$ 100 milhões em investimentos, nenhuma foi criada apenas por mulheres
“Conseguimos perceber que as empresas unicamente femininas têm, claramente, maiores obstáculos para atingir o sucesso e receber aportes”, diz Alexandre Montoro, diretor executivo do BCG. “A sub-representação que estamos vendo hoje tem reflexo direto nas plataformas e aplicações que estão sendo criadas e em vieses inconscientes.”
Ações que podem incentivar a diversidade na Web3
Ser rigoroso nas métricas
É importante ter uma medição minuciosa e objetiva sobre a representação de mulheres e de outros aspectos de diversidade em todo o ecossistema de negócio: fundadores, colaboradores e investidores da empresa. A medição ajuda a traçar metas, além de monitorar o progresso ao longo do tempo.
Reduzir o viés inconsciente
Equipes formadas só por homens têm maior probabilidade de apoiar negócios também masculinos. Algumas empresas de capital de risco agora exigem que as equipes de investimento incluam pelo menos uma mulher, minimizando a chance desses vieses.
Colaborar com redes de apoio
Cúpulas da Web3 devem patrocinar eventos que trabalhem para garantir a equidade de gênero entre palestrantes. Líderes podem dedicar tempo a aspirantes, fundadoras e investidoras, com mentoria, por exemplo.