sexta-feira,22 novembro, 2024

“Metaverso e IA já são o presente da saúde”, diz presidente do Einstein no SXSW

Somente na telemedicina, o Hospital Israelita Albert Einstein já atendeu mais de 570 mil pacientes abrangendo 2.700 municípios em todos os estados do Brasil. De acordo com Sidney Klajner, presidente do Einstein, a pandemia trouxe celeridade nas ações já realizadas pelo Einstein há um bom tempo, tais como a avanços na ciência, telemedicina, transformação digital, trabalho humanizado e colaborativo entre os setores privado e público.

Presente no SXSW onde falou sobre o papel da tecnologia para trazer equidade e acesso à saúde, Klajner ressalta a inovação como elemento presente, mas reforça que investimento e tecnologia não se sustentam se não for ancorado por integração e conexão. “Gosto sempre de reforçar que, para mim, pensar no futuro da saúde é investir para uma medicina cada vez mais conectada, permitindo tornar os diagnósticos, procedimentos e tratamentos cada vez mais rápidos e precisos em benefício do paciente e do sistema de saúde”, destaca em entrevista à Forbes Brasil.

Forbes Brasil – A pandemia acelerou muitos processos tecnológicos relacionados à saúde, de todos esses e, em linha com sua palestra no SXSW, quais as tecnologias mais promissoras e realizáveis atualmente?
Sidney Klajner – A pandemia trouxe celeridade nas ações já realizadas pelo Einstein há um bom tempo, tais como a avanços na ciência, telemedicina, transformação digital, trabalho humanizado e colaborativo entre os setores privado e público. Naturalmente a questão de equidade ficou ainda mais evidenciada com esse cenário. Neste processo, a telemedicina – que já vinha sendo desenvolvida pelo Einstein desde 2012, ou seja, bem antes da Covid-19 – foi e continuará sendo um elo importante, pois nos permite levar assistência para cada vez mais pessoas, independentemente de fronteiras geográficas.

FB – Quais os desafios em acelerar essa agenda?
Klajner – Existem outros fatores que pressionam o sistema de saúde mundial, como as mudanças climáticas, por exemplo. Segundo a ONU, essa será a causa de cerca de 250 mil mortes por ano entre 2030 e 2050. Isso sem falar no impacto para a saúde física (desde a fome e desnutrição, causadas pela queda na produção de alimentos, à proliferação de doenças infecciosas, decorrentes da má qualidade da água). Tudo isso reforça a importância de gerar equidade na saúde não só em âmbito nacional, mas global. Neste contexto, o desenvolvimento de soluções tecnológicas é uma peça fundamental, pois as inovações permitem ampliar o acesso e compartilhar expertises para as mais diversas regiões. Além da telemedicina, como já citado acima, a adoção de Big Data e Inteligência Artificial também contribuem de forma direta, pois automatizam processos e tornam a tomada de decisão dos médicos mais assertiva.

Fonte: Forbes

Redação
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