Começa nesta sexta-feira (10) o SxSW (South by Southwest), conhecido como o maior festival de inovação do mundo. Desde 1987 realizado em Austin (Texas, Estados Unidos), esta edição é dividida em três blocos principais: interatividade/conferência, música e filmes.
Um pouco antes do evento principal, a cidade também é sede do congresso e da feira sobre educação. Dentro dessas temáticas, o festival terá 25 trilhas: realidade aumentada, trabalho, moda, alimentação, inteligência artificial, saúde, mídia, mobilidade, ESG/ASG (ambiente, social e governança), metatarso, futuro do trabalho, arte, comédia etc. Em 2019, pré-pandemia, eram 15 trilhas temáticas.
Além das palestras e dos eventos, o SxSW é conhecido por acolher e ser a plataforma de lançamento de startups famosas, como o Twitter, o Foursquare e o carro autônomo Waymo.
Entre os dias 10 e 19 de março, estúdios promovem grandes lançamentos, marcas disputam quem faz a ativação mais criativa e que gera mais buzz e cineastas e 1.400 bandas buscam reconhecimento.
A expectativa é que os brasileiros, entre visitantes, expositores e palestrantes, formem a maior delegação internacional, disse Hugh Forrest, copresidente do festival.
O impacto econômico do evento na cidade é comparado apenas ao do Super Bowl e movimenta mais de 320 milhões de dólares (R$ 1,7 bilhão) durante o período.
Costuma-se dizer que as discussões e tecnologias apresentadas no SxSW “pegam” em cinco anos. Foi o que pôde ser observado até agora. Porém, o mundo está diferente. Passamos por uma pandemia longa e dolorosa e vimos nascer e crescer a inteligência artificial generativa, fortemente representada pelo ChatGPT, da OpenAI, e pela IA do Bing, da Microsoft.
Realmente, a IA (inteligência artificial) já podia ser vista no SxSW anos antes da Covid-19. Mas, neste ano, estará mainstream e vai permear muitas das trilhas. Em 2020 e 2021, o SxSW teve versões online, bem menores e com baixa repercussão.
Pandemia e doenças novas e recém-conhecidas são temas que também estarão bastante presentes nas discussões do festival, bem como as suas consequências, como burnout, trabalho remoto e o futuro do trabalho, guerras biológicas, sequenciamento de DNA e por aí vai.
Temáticas igualmente importantes, como o mundo em período de guerra, efeitos migratórios e eleições polarizadas também são assuntos que poderão ser acompanhados neste período.
Palestrantes famosos atraem multidões para filas igualmente enormes, como os clássicos e os novos gurus:
• Amy Webb, fundadora do Future Today Institute e professora do NYU, apresenta todo ano o relatório Tech Trends;
• Rohit Bhargava, criador e curador do Non-Obvious, lança as tendências não óbvias que devem ser observadas;
• Ryan Gellert, CEO da marca Patagonia, referência em cultura organizacional e sustentabilidade;
• Kevin Systrom, cofundador do Instagram, mostra oficialmente sua nova rede social Artifact;
• Anne Wojcicki, cofundadora do 23andMe, empresa de sequenciamento de DNA;
• José Andrés, chef espanhol e uma das cem pessoas mais influentes, vai falar sobre responsabilidade alimentar.
E quem perder esta edição pode tomar coragem e voar até a Austrália para a primeira versão fora dos Estados Unidos, em outubro deste ano.
Fonte: R7