O Dia Internacional da Mulher é celebrado em quase todas as partes do mundo no dia 8 de março. A origem do Dia Internacional da Mulher remonta a eventos do começo do século XX, em que as mulheres lutavam pelo direito ao voto, por melhores salários e horários de trabalho mais justos.
O município
A cidade de mais de 1,2 milhão de habitantes, cruzada por 6 das mais importantes rodovias do país, dona de uma logística privilegiada, aeroporto referência, polo de conhecimento e inovação, indústria diversificada e considerada a 5a mais conectada do país é um estímulo a novos investimentos e ao crescimento sustentável.
FRASE
“O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa na medida em que gera oportunidades de liderança para as mulheres”
PIB
Esta produtividade crescente em todos os setores se reflete em incontestáveis números como do PIB, comparável a países da América do Sul. Campinas tem o 10º maior PIB entre todos os municípios brasileiros. O PIB da Região Administrativa de Campinas representa 19,7% do total do estado e em 12 meses cresceu 17,24%, mais que o estado (15,28%) e o Brasil (12,83%). É o 2o PIB per capita entre as metrópoles do país.
Mercado aquecido
O aquecimento do mercado é também é verificado na abertura de empresas e no número dos empregos. Foram mais de 30.000 empresas abertas em 2022 e mais de 19.000 empregos criados neste mesmo período. Em termos de competitividade, somos o 7o entre todos os municípios do país. Dados do Sebrae mostram que a participação das mulheres empreendedoras no universo de donos de negócio no Brasil está em 34%.
Empreendedorismo feminino
Embora representem 52% da população, as mulheres ocupam posição de destaque em apenas 13% das 500 maiores empresas brasileiras. O Brasil ocupa o 7o lugar do ranking mundial do empreendedorismo feminino. Os dados são do Instituto Rede Mulher Empreendedora, que aponta também um número superlativo em relação às mulheres gestoras do próprio negócio no Brasil: são 30 milhões de empresárias no país.
Cenário no Brasil
Segundo o Sebrae, no Brasil, há 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio, sendo que 45% delas são chefes de família, ou seja, são responsáveis pela principal ou, muitas vezes, única renda de seus lares. Em comparação aos homens empreendedores, elas têm escolaridade 16% superior, mas, mesmo assim, seus negócios faturam 22% menos. As mulheres representam 48% dos microempreendedores individuais (MEI) no país.
Desigualdade
A desigualdade no empreendedorismo se estabelece a exemplo do que acontece no trabalho assalariado. O relatório Mulheres, Empresas e o Direito, divulgado pelo Banco Mundial em 2021, informa que apenas 12 países oferecem condições iguais para mulheres e homens, mas o Brasil não figura neste seleto grupo. De 100 pontos possíveis, o Brasil tem 85 e, no ranking, 60 países aparecem na frente. O relatório destaca que avançamos em quatro pilares avaliados, mas ainda há muito que melhorar em outros quatro, entre eles o empreendedorismo.
Crédito
Em relação ao crédito, uma pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora aponta que 42% das respondentes tiveram negado o acesso a ele. Para “elas”, o valor médio de empréstimos liberados é de aproximadamente R$ 13 mil a menos do que o crédito disponibilizado aos empresários homens. Apesar de representarem índice de inadimplência menor do que o dos empreendedores do sexo masculino – 3,7% contra 4,2% – as empreendedoras pagam juros na casa de 3,5% acima da taxa praticada para eles, segundo relatório do Sebrae.
Desafios
Compreender toda essa conjuntura que restringe o potencial empreendedor feminino é crucial para o desenvolvimento de mecanismos e políticas públicas que visem garantir às mulheres condições para atuar nos mais diferentes setores econômicos por convicção e não apenas por necessidade. Promover a desburocratização e melhorar o ambiente de negócios são fatores primordiais para este processo e Campinas destaca-se nesse quesito.
Fonte: Correio Popular