A LATAM realizou seu primeiro voo internacional utilizando Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês).
O combustível, que é produzido com matérias-primas alternativas como resíduos, gorduras, óleos e processados juntamente ao combustível convencional, foi utilizado em um voo de carga operado pela LATAM Cargo Chile a partir do Aeroporto de Zaragoza, na Espanha, com destino à América do Norte.
De acordo com a companhia, a mistura resulta em um produto sintético e com baixo teor de CO2. Para a viagem, foram utilizados 30 mil litros de SAF coprocessado com óleo de cozinha usado e incorporado ao combustível de aviação tradicional.
“Esse voo representa um dos avanços mais concretos em nossa agenda em relação ao uso de SAF”, afirma Andrés Bianchi, CEO da LATAM Cargo. A LATAM estabeleceu o compromisso de dar suporte à proteção e ao cuidado com o meio ambiente, e o uso desse tipo de combustível se apresenta como uma ferramenta fundamental neste esforço.”
O SAF utilizado pela LATAM foi fornecido pela Air bp, um dos maiores provedores mundiais de combustível de aviação e certificado internacionalmente pelos procedimentos ISCC EU (International Sustainability Carbon Certification).
“O anúncio representa um outro marco importante para a Air bp em seu esforço de aumentar a disponibilidade de combustível sustentável. É um passo fundamental na substituição de combustíveis fósseis por matérias-primas renováveis nas refinarias”, afirma Andreea Moyes, diretora global de Sustentabilidade da Air bp. “O coprocessamento tem um papel fundamental no aumento da produção de SAF de forma mais econômica e eficiente.”
De acordo com a empresa, atualmente é permitido utilizar até 5% de matéria-prima sustentável no coprocessamento do SAF, que contribui para diminuir emissões de carbono ao longo do seu ciclo de vida se comparado com o combustível de aviação convencional.
A operação faz parte do compromisso firmado pela LATAM em 2021, de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. A companhia também se comprometeu a eliminar plásticos de uso único até 2023 e ser um grupo com zero resíduos para aterros sanitários até 2027.
Por Vitória Fernandes