O crescimento e participação das mulheres no agronegócio já não é uma novidade. O Brasil tem um histórico marcante de empresas familiares atuando no setor e, em razão disso, elas sempre estiveram presentes em diferentes cargos e etapas do processo produtivo rural.
Profissional de comunicação que atua na produção de conteúdo com foco no agronegócio, Ana Sampaio, graduada em jornalismo, conta sobre os altos e baixos de oportunidades da profissão no ramo que inclui múltiplas áreas de atuação e requer conhecimento técnico em diferentes frentes. “É uma área muito técnica e específica. Assim como economia, esporte, mas tem muita oportunidade no interior do estado e o agro abraça esses bons profissionais que estão dispostos a abraçar esse mundo”, afirma.
Atuando há mais de quatro anos com a comunicação especializada no Agro, Ana relata a observação de uma forte tendência para a maior participação da mulher no agronegócio brasileiro e mato-grossense – e o aumento de participação de mulheres inseridas no agronegócio em movimentos com foco nessa temática, como o Agroligadas, do qual faz parte. E segundo a pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em 2017, apontava que a maioria das empreendedoras do setor já estava em postos de liderança.
“Há uma forte tendência para a maior participação da mulher no agronegócio brasileiro. No campo observamos o protagonismo da mulher aumentar, existem movimentos como Agroligadas e Mulheres no Agro – que se unem para trocar ideia, promover eventos, empreender. A gente vê muito as mulheres junto com os homens hoje, o agro é um mundo muito familiar. O marido cuida da lavoura e a mulher cuida do escritório, da família, dos colaboradores”, destaca.
“Existem muitas mulheres assumindo esse protagonismo, tanto que surgiu os movimentos de diversas áreas dos setores. O machismo ainda é forte, mas todos ouvem e entendem a importância da mulher nesse cenário. É um universo machista, mas que a mulher tem sua vez e voz, sempre respeitando a pessoa enquanto profissional”, completa.
Jornalista, sobretudo, Ana Sampaio, que é uma das diretoras da CROP (Assessoria de Imprensa e Consultoria em Comunicação Agro), empresa que desenvolve estratégias de comunicação para que pessoas, empresas, negócios ou produtos ligados ao setor agropecuário para tenham destaque e reconhecimento em toda sociedade. Explica o papel fundamental do comunicador nesse contexto e os objetivos de promover conhecimento e informação assertiva – para que a população compreenda do Agro a sua importância e a sua realidade. “O nosso proposito hoje é comunicar melhor o agro e desmitificar algumas coisas. Mostrar que o agro está inserido em muita coisa que utilizamos e consumimos hoje. O estado compete com países em vários aspectos relacionados a essa produção. Então se faz necessário comunicar melhor, com clareza, efetividade. Esse é meu propósito”.
Texto: José Augusto Corrêa