Quando falamos da administração de uma empresa de sucesso, quem você imagina como líder? Um homem ou uma mulher? Infelizmente poucas pessoas imaginariam uma liderança feminina. Esse pensamento é apenas um reflexo do que encontramos no mercado corporativo, em que a presença das mulheres em cargos de alta gestão ainda caminha a passos de formiga. No entanto, mesmo com a difícil realidade encontrada, está crescendo o movimento de mulheres em busca de altos cargos no mercado de trabalho.
A administradora, professora e mestranda em sociologia das organizações, Fernanda Campos, tornou-se, em janeiro de 2023, a primeira mulher a ocupar o cargo de Superintendente na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
“Sou natural de Cáceres, mas vim para Cuiabá para fazer faculdade. Quando eu entrei no meio corporativo comecei trabalhando com pesquisas de mercado e aprendi muito sobre esse tema, foi uma verdadeira escola. Junto com a carreira empresarial eu construí uma vida paralela com a área de educação. Dou aula em disciplinas no curso de administração em algumas universidades”, conta.
A profissional já atua na instituição desde 2016 e conta que aos poucos foi crescendo e conquistando seu espaço. Fernanda iniciou como analista e depois passou para o cargo de supervisora de desenvolvimento empresarial, pesquisa e relações com o mercado, coordenadora-geral e, até então, estava como gerente executiva do instituto. Em 2022, também acumulou a liderança da área de Gestão de Gente da Fiemt e IEL. Uma carreira inspiradora para mostrar que, com oportunidades, a liderança feminina no mundo corporativo é possível e gera muitos ganhos.
Além de ser a primeira mulher, Fernanda também é a pessoa não branca e a mais jovem a assumir o cargo. Ela relata que encara esse como o maior desafio de sua vida profissional, mas que está com muita força de vontade e também tem recebido apoio do Presidente Silvio Rangel e de toda a diretoria da Federação.
“Para mim os pilares mais importantes são, primeiramente, entender que eu não trabalho sozinha. Sem os meus liderados, não é possível ter entrega de resultados, um líder não faz nada sozinho. E também estar próximo dos liderados e transpassar bem quais são os objetivos de cada uma das estratégias. As mulheres precisam se empoderar tecnicamente. Eu me sinto muito lisonjeada. Os resultados que eu apresentei em todos esses anos vieram a frente”, finaliza.
Texto: Victória Oliveira
