O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participa, nesta quarta-feira (8), do Encontro da Iniciativa de Pesquisa e Inovação do G20 (Research and Innovation Initiative Gathering – RIIG), em Calcutá, na Índia. Neste ano, o principal tema proposto pelo governo indiano, que atualmente ocupa a presidência do G20, foi Pesquisa e Inovação para uma Sociedade Equitativa.
“Este é um tema completamente alinhado com as prioridades no Brasil”, afirmou o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Carlos Matsumoto. “O presidente Lula foi eleito com mandato claro de reduzir as desigualdades. Acreditamos que a ciência, tecnologia e inovação desempenham um papel fundamental para melhorar a vida das pessoas e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, completou.
Matsumoto apresentou as iniciativas do MCTI e as sugestões para os quatro assuntos prioritários da reunião: materiais para energia renovável, bioeconomia circular, transição energética e economia azul sustentável. “Como o Brasil ocupará a próxima presidência do G20, estamos empenhados em levar essas discussões adiante, baseados nos resultados que obteremos nesta reunião”, disse Matsumoto.
Em relação à energia renovável, tema que busca discutir formas eficientes de gerar e armazenar energia verde em grande escala, ele lembrou o Plano Nacional de CTI em Materiais Estratégicos, elaborado em 2018 e destacou investimentos em elementos considerados “portadores do futuro”, como Terras Raras, lítio e silício, os esforços para o desenvolvimento de tecnologias verdes para extração de cobalto e níquel, além da criação de institutos e laboratórios no Brasil voltados para o desenvolvimento das ligas de grafeno e nióbio, como supercondutores para eficiência energética.
Economia Azul – Outro destaque do evento foi a discussão sobre os desafios e oportunidades para alcançar uma economia azul sustentável, que envolve a biodiversidade marinha, o ordenamento do espaço costeiro e marinho e energia offshore nova e renovável. O Instituto Nacional do Mar (INMAR), que, entre outros objetivos, buscará conciliar os diversos interesses da economia oceânica, aproveitando o potencial do uso do mar de forma sustentável, gerando bens, serviços e empregos, foi uma das iniciativas citadas.
Transição energética e bioeconomia – Em relação à transição energética, o assessor internacional do MCTI ressaltou que 48% da matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis sendo que a média mundial é de 15%, e reiterou o compromisso do país com a pesquisa e inovação em outras formas de energia neutra em carbono, como o biogás, o etanol de segunda geração e o hidrogênio verde, que serão indispensáveis para o crescimento sustentável. No tema de Bioeconomia Circular, ele mencionou a Estratégia em Bioeconomia atualmente em elaboração pelo MCTI.
Fonte: MCTI