sexta-feira,22 novembro, 2024

Empreendedorismo: franquias online baratas viram febre

O mercado de franquias está em alta no Brasil. Segundo a Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em 2022, o faturamento do mercado brasileiro de franquias saltou de R$ 47 bilhões para R$ 56 bilhões no terceiro trimestre de 2022, na comparação com 2021. 

De olho nessa fatia, muitos brasileiros estão procurando pelas chamadas franquias home based ou franquias online. 

“Com investimentos iniciais mais baixos, o setor tende a crescer principalmente entre os chamados empreendedores por necessidade, mas é preciso muita atenção e estudo antes de investir em uma franquia para evitar cair em armadilhas e perder as economias”, explica o advogado especialista em Franquias, Leandro Bonvechio, do escritório BMF Advogados.

Como funciona uma franquia sem sede

Quem mais tem atraído a atenção são justamente as microfranquias, cujo investimento inicial fica entre R$ 5 mil e R$ 105 mil.

“A franquia online é uma modalidade que não precisa de sede para operar. Pode ser um petshop móvel, que funciona em uma van ou outros serviços prestados em domicílio e, por isso, tem um investimento menor. Os empreendedores buscam essas franquias para aliar seu trabalho a marcas já consolidadas e confiáveis”, observa o especialista.

Antes de qualquer coisa, é preciso pesquisar bastante e conversar com outros franqueados para saber como o negócio funciona. Apesar de ser chamada de franquia online, isso não quer dizer, necessariamente, que todo trabalho do franqueado será feito de forma remota. 

“É necessário adotar uma série de cuidados, como análise minuciosa do contrato e da Circular de Oferta de Franquia (COF), documento que define as regras de operação e contém informações importantes sobre uma franquia”, alerta.

Entenda os tipos de armadilhas mais comuns

O alerta especial para reforçar a atenção acontece porque algumas empresas estão usando o nome franquia online para não ter que contratar representante comercial e vendedor externo. 

“Em alguns casos, o dito franqueado só faz o link entre o cliente e a empresa, sem ter o suporte e treinamento necessário que toda franqueadora tem que oferecer. Ela atua como um vendedor da marca, com o agravante de ter pago uma taxa para entrar e ter que pagar uma multa para sair”, diz Bonvechio.

Por isso, é especialmente importante entender a diferença entre franquia e licenciamento. 

“Quando alguém pensa em empreender, muitas vezes busca pelo termo franquia na internet. E isso pode esconder algumas armadilhas. Algumas marcas usam o termo franquia em todo o processo, mas na hora do contrato é assinado um termo de licenciamento de marca”, orienta ele. “A franquia pressupõe um suporte, transferência de know-how. No licenciamento, a marca só oferece as regras de uso da marca. O peso para o franqueador é muito menor, porque ele não tem obrigação de ter uma equipe para prestar suporte. E o franqueado não tem qualquer orientação, o que pode comprometer as chances de sucesso do empreendimento.”

Redação
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