O projeto “Zero Discriminação nos Serviços de Saúde”, que conta com o apoio do Ministério da Saúde, lançou um novo material sobre linguagem inclusiva em tuberculose. A iniciativa é composta por um guia e cartazes, mostrando a importância das terminologias usadas no dia-a-dia e da necessidade de serviços e trabalhadores refletirem e adotarem atitudes e palavras não estigmatizantes. A série agora disponibiliza um cartaz, que foi elaborado com a participação de trabalhadores de saúde do Distrito Federal.
Segundo Denise Arakaki, médica infectologista que participou da elaboração do material, a linguagem inclusiva é promotora de cidadania. “As palavras importam muito quando estamos construindo vínculo e apoiando a pessoa durante todas as etapas do cuidado”, explica.
Daniel Canavese, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da equipe do projeto, acrescenta que o estigma e a discriminação associados à tuberculose ainda são temas pouco discutidos no dia a dia dos serviços. “Esperamos que esse material provoque reflexões e mudanças de comportamento, para que nossa forma de interagir promova inclusão e justiça social”, defende.
O projeto “Zero Discriminação nos Serviços de Saúde” é uma iniciativa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e engloba uma série de peças comunicacionais chamadas “Na ponta das línguas”. Para conhecer as publicações dessa série e outros materiais do projeto, acesse o site www.sad.eco.br/repositorio.
Estigma e discriminação
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. Ela se destaca por ser a segunda doença infecciosa mais letal no mundo, atrás apenas da Covid-19.
Prevenção, diagnóstico e tratamento da tuberculose estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). A doença tem cura quando o tratamento é realizado até o final.
No entanto, ainda existe estigma em relação à doença, pela persistência de crenças e mitos sobre essa enfermidade. A discriminação das pessoas afetadas pela tuberculose precisa ser enfrentada dentro e fora dos serviços de saúde.
Fonte: Governo Federal