O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), sugere que o governador Mauro Mendes (DEM,) assuma a liderança em um bloco regional dos estados do Centro-Oeste para a compra de vacinas contra à Covid-19.

Eduardo Botelho classificou o momento como uma “guerra” e comentou que estados no Brasil já se organizam para comprar um grande volume de imunizantes por região. Para o deputado, falta uma liderança que leve os governadores a, efetivamente, comprar as vacinas. Essa figura, segundo ele, poderia ser assumida pelo chefe do Executivo de Mato Grosso.

“Eu acho que tem que fazer isso urgentemente. O governador Mauro Mendes poderia, inclusive, encampar. Hoje nós estamos com um vácuo de liderança e o governador Mauro Mendes é um grande líder. Agora, eu acho que ele deve encabeçar essa situação, reunir os governadores e formar um bloco para essas compras aqui do Centro-Oeste. Poderia também englobar o estado do Amazonas para ficar mais forte esse movimento”, comentou o deputado em entrevista à Capital FM, nesta quinta-feira (18).

O parlamentar também criticou o ritmo de vacinação contra a covid-19 no Brasil, comparando com os Estados Unidos da América. Ele ressaltou que, por lá, caíram os números de mortes e internações e ainda sugeriu que o Brasil foque em outros laboratórios para a compra dos imunizantes, os quais ele acredita que, nos meses de abril e maio, já estão em grande disponibilidade para compra.

“Tem que continuar buscando a compra de vacinas. Existem mais de 200 laboratórios no mundo fabricando a vacina. Eu tenho certeza que daqui a poucos dias vai ter vacinas disponíveis para venda no mercado. Então, o governo tem que articular para essas compras, para a partir de abril, maio, conseguir comprar”, comentou.

Botelho também citou a importância de estruturar uma campanha de vacinação efetiva, para que os imunizantes sejam distribuídos rapidamente e um maior número da população seja vacinado em pouco tempo. Isso porque, segundo comentou, chegaram poucas vacinas em Mato Grosso e, ainda assim, o estado não estaria conseguindo vacinar rapidamente o público a qual o imunizante era destinado.

Grupos para vacina

A articulação em grupos regionais para a compra de um grande volume de vacinas passou a ser real quando, na sexta-feira (12), o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou que o Consórcio do Nordeste fechou a compra de 37 milhões de doses da vacina Sputinik V, desenvolvida na Rússia.

O consórcio nordestino reuniu 9 países, sendo que a maior quantidade de doses seria destinada à Bahia, que ficaria com 10 milhões.

Contudo, no sábado (13), o Ministério da Saúde e o governador do Piauí confirmaram que as vacinas seriam incluídas no Plano Nacional de Imunização e, portanto, já não ficariam apenas na região, mas seriam distribuídas para todo o Brasil. Segundo Dias, o consórcio seguiria tentando comprar mais doses.

Nessa quarta-feira (17) o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), anunciou a compra de 4,5 milhões de doses da Sputinik V. Ele destacou que as doses também poderão ser incluídas no plano nacional de vacinação se o Ministério da Saúde requerer. Mas, se não for o caso, os imunizantes ficarão exclusivamente no Maranhão.

Depois do anúncio das compras de imunizantes pelos governadores, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina também se reuniram na quarta-feira para discutir, entre outras medidas, a compra conjunta de vacinas contra a covid-19. No entanto, o grupo não firmou nenhum posicionamento.

Vale salientar que a Sputnik V não tem aval da Anvisa para ser aplicada no Brasil.

Fonte: Com informações da assessoria ALMT

Da Redação – Elisa Ribeiro

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