Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) indicam que 140 milhões de hectares de terras brasileiras estão degradadas, o que corresponde a 16,5% do território nacional. No mundo, 33% do solo sofre degradação de moderada a alta, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Números que acendem o alerta de que é urgente mudar a maneira como estamos lidando com o solo, tendo em vista que 25% de todas as espécies vivas residem nele e que um metro quadrado concentra bilhões de organismos responsáveis por decompor matéria orgânica e alterar a dinâmica do carbono.
Para transformar esse cenário, uma das alternativas é ampliar horizontes e abrir-se para novas possibilidades, deixando para trás práticas agressivas ao meio ambiente como cultivos intensivos e uso exclusivo de produtos químicos.
Nesse contexto, os bioinsumos abrem caminho por uma mudança ambientalmente sustentável, socialmente segura e economicamente atraente. “É um divisor de águas entre manejos que comprometem a disponibilidade de recursos naturais e a sustentabilidade ambiental”, ressalta Luiz Cláudio Micelli, engenheiro agrônomo e diretor de Marketing da Agrivalle.
Segundo ele, os bioinsumos são formulações contendo microrganismos vivos capazes de atuar beneficamente no equilíbrio da biota do solo, além do controle de pragas e doenças. “Atuam de diversas maneiras combatendo fungos e nematóides, promovendo maior produtividade dos cultivos por meio da bioestimulação e disponibilizando nutrientes para os cultivos como por exemplo, a solubização de fósforo”.
O especialista comenta também que, ao optar pelos insumos biológicos, o produtor está aderindo a um sistema de produção sustentável, uma vez que esses produtos promovem a fixação do nitrogênio atmosférico ou a solubização de fósforo, nutrientes estes que podem alavancar o desenvolvimento de plantas, da germinação até a maturação. “Essa escolha traz ainda uma enorme contribuição para recuperar superfícies degradadas além de garantir a agricultura regenerativa e o manejo integrado do solo”, diz.
Ele ainda menciona outras práticas de amplo conhecimento do agricultor e que continuam sendo essenciais para uma agricultura sustentável. A rotação de cultivos, integração agricultura/ pecuária, o uso de bioinsumos, preservação de recursos naturais e de áreas de proteção permanente, por exemplo, são rotinas que beneficiam as plantas, as pessoas e o planeta. “Ações que garantem uma área de cultivo saudável, assim mais produtiva, bem como podem oferecer maior independência para o produtor”, ressalta Micelli.
Fonte: ComTexto Comunicação Integrada
Por: Portal do Agronegócio