Um projeto-piloto organizado pelo Ministério do Turismo tem ajudado cidades de todo o país a adotar iniciativas voltadas à criação de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI).
O objetivo do programa é oferecer as melhores experiências e serviços turísticos a partir de ações que impactem positivamente a qualidade de vida dos turistas e também dos moradores.
O que são Destinos Turísticos Inteligentes?
Mas, afinal, o que são Destinos Turísticos Inteligentes? Em suma, são cidades que gerenciam seus processos e seu território de forma inovadora e sustentável, comprometidas com pilares que impactam positivamente a qualidade de vida dos moradores e a experiência dos turistas.
Boas práticas em temas como acessibilidade, governança, inovação, marketing, sustentabilidade e segurança são cruciais para que os destinos possam ser classificados com a denominação. Pelo mundo, cidades como Málaga, na Espanha, e Amsterdã, na Holanda, têm destaque no setor. Mas e no Brasil? Vamos conhecer a seguir os principais projetos de DTIs do país.
Angra dos Reis é destaque entre os Destinos Turísticos Inteligentes
Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, é um bom exemplo dos avanços alcançados com as ações destinadas à formação de Destinos Turísticos Inteligentes. O município implementou o projeto “Angra, Cidade Inclusiva”, que visa facilitar o acesso de pessoas com deficiência (PCDs) ou mobilidade reduzida aos atrativos turísticos da cidade.
O balneário fluminense dispõe, por exemplo, de dois ônibus elétricos, dotados de acessibilidade e rede Wi-Fi. Outra iniciativa chama a atenção: o projeto “Angra Mais Segura”, que envolve um novo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, responsável por monitorar 148 câmeras.
Avanços também podem ser notados em Campo Grande (MS). A prefeitura da capital sul-mato-grossense tem investido na nova Rede Municipal de Alta Velocidade, que terá capacidade para conectar mais de 400 localidades, oferecendo internet gratuita em mais de 100 pontos.
Em Recife (PE), destacam-se ações como o lançamento de um e-book com os principais pontos turísticos acessíveis e o Programa Ilumina a Vista, para a instalação de iluminação cênica nos pontos turísticos da cidade. Outra novidade foi a criação do primeiro “Smartlet”, área no Bairro do Recife alimentada por energia solar e que oferece conexão à internet e carregadores de celular.
Avanços também são verificados em Salvador (BA), que já dispõe de iluminação pública 100% LED e câmeras de monitoramento no centro histórico e na orla atlântica. No Rio de Janeiro (RJ), foi lançado o LABTUR, incubadora de inovação destinada a micro e pequenas empresas; e em Rio Branco (AC), pela primeira vez na história da capital do Acre, foi criada a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação.
Cidades participantes do projeto de DTI já têm certificados conferidos pelo MTur
As localidades acima, participantes do projeto-piloto de DTI no país, que também inclui Brasília (DF) e Palmas (TO), já contam com certificados de Destinos Turísticos Inteligentes em Transformação, que são conferidos pelo Ministério do Turismo.
A iniciativa buscou adaptar ao Brasil a metodologia de DTI criada na Espanha. A adequação foi possível graças a uma parceria firmada pelo órgão brasileiro com o Instituto Ciudades del Futuro, que acompanha comunidades da Argentina na concepção e na implantação de ações inovadoras.
Em breve, os Destinos Turísticos Inteligentes brasileiros certificados devem ser novamente avaliados pelo MTur para a concessão do Selo DTI aos que cumprirem pelo menos 80% de seus planos de transformação.