Mariana Milena Prado de Sá, 19 anos, sempre foi apaixonada por ciência. Inspirada por sua mãe, Walkíria Prado, professora de ciências e formada em biologia, sempre amou a área. Mariana conta que ciência sempre foi algo natural em sua casa e que, por conta da profissão da mãe, sempre teve acesso a microscópios, o que ajudou no desenvolvimento de sua paixão pelo sistema solar e astronomia.
À CNN, a estudante conta que enquanto estudava para entrar na faculdade, ela publicava conteúdos sobre seus resumos de astronomia e ciências em um perfil criado por ela no Instagram de nome @marimilenastudies.
O objetivo da página é também o de ajudar mais mulheres a se inserirem no mundo da ciência. “É muito difícil, na engenharia são pouquíssimas mulheres, na minha turma tem só eu e mais uma. Existe uma carência de programas que tenham essa função de engajar mulheres na área de exatas.” Hoje, ela já passou na faculdade e cursa engenharia mecatrônica pela Universidade Federal de Uberlândia.
Aos 18 anos de idade, em fevereiro deste ano, Mariana entrou para o programa Caça-Asteroides, que é uma iniciativa da NASA com a União Internacional de Pesquisa Astronômica. Ela conta que assim que a inscrição no programa é realizada, os estudantes recebem um pacote de imagens de um telescópio que fica no Havaí para observar e analisar. Eles precisam ficar atentos e prestar muita atenção até localizar um “pontinho”, que tenha um movimento retilíneo e que se mova 4 vezes, um asteroide.
Durante a sua análise, Mariana conseguiu, no primeiro pacote de imagens encontrar um ‘possível asteroide’. “Mandei na segunda-feira e na sexta-feira eles já deram o retorno de que era um asteroide que nunca antes tinha sido detectado”, ela conta.
Depois de sua descoberta, Mariana recebeu um certificado da Nasa por ter participado da campanha, além de uma medalha do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Hoje, o asteroide já consta como ‘descoberto’. Por enquanto ele é chamado de ‘asteroide provisório’, até que depois de um longo processo de estudo sobre mais detalhes de sua órbita, ele possa ser de fato nomeado.
Por: Manoela Carlucci da CNN