quarta-feira,25 setembro, 2024

Experimentação para inovação e evolução das organizações

A cultura de experimentação é motor para inovação e evolução das organizações nos tempos atuais. Em um cenário volátil e incerto, com toda sua complexidade, é necessário se manter em constante movimento e criar novas possibilidades de resolução de problemas complexos, com riscos calculados e agilidade.

Podemos aplicar experimentos para evolução de um produto digital, mas também para resolução de tensões dentro da cultura organizacional, para vendas offline e até na construção de deck de investimento ou apresentação de ideias, o importante é o conceito por trás.

“Vamos fazer um experimento?”

Na DeÔnibus, essa é uma frase muito comum entre os times: “Vamos fazer um experimento?”.
Dentre as incertezas e dezenas de hipóteses que surgem no dia a dia para alcançar os objetivos estratégicos, o caminho é experimentar para então, tomar decisões mais assertivas.

  • Objetivo claro: Antes de qualquer coisa é necessário ter um objetivo claro e um problema bem definido. Sem isso, não há hipótese que se sustente ou que consiga ser validada.
  • Dados e análise de informações: Entendemos o contexto, informações que já temos e o que os dados nos dizem. Mergulhamos mesmo. É essencial que os dados sejam confiáveis e consistentes para serem usados por todo o processo, desde estudo para levantamento de hipóteses até a avaliação de resultados.
  • Criação de Hipóteses: Uma vez que o contexto é dado, está na hora de criar suposições com base nas evidências e informações disponíveis a serem validadas. Com uma linguagem clara, direta e completa, cria-se uma frase descritiva. É importante lembrar que nada está escrito em pedra, uma hipótese pode ser mudada ou descartada com base em novas evidências conforme os experimentos acontecem.
  • Experimentação e conclusão: Vamos colocar em prática a solução pensada para validar se realmente é o caminho. Para iniciar a experimentação, tenha definido e claro como a validação será feita, qual será o período de experimentação, qual é o indicador de sucesso do experimento e qual será a amostra mínima para confiabilidade. É comum considerar que o experimento foi um sucesso erroneamente, avaliando algo que teve baixa amostra ou que não tinha um indicador claro de sucesso, fique de olho.
  • Gerando aprendizados: reúna o time para uma retrospectiva do experimento e levantamento dos aprendizados gerados por ele, sendo um sucesso ou não. Essa é uma fase importantíssima para evolução de novos experimentos posteriores.

Deu tudo errado

Em uma cultura de constante experimentação muita coisa vai dar errado, pode ter certeza. É falhando, falhando de novo e de novo, que aprendemos, entendemos o que não dá certo, quais caminhos não seguir e alimentamos a base de conhecimento para nos liderar à hipóteses que enfim, serão de sucesso e gerarão inovação.

Os experimentos estão aqui para isso. Melhor falhar rápido, com baixo investimento de tempo, energia e dinheiro do que construir um castelo e entender que o que precisavam era uma bicicleta.

Nos fracassos, tire insights dos erros e aprenda com eles. Ouça a visão do time sobre o resultado e sobre o processo. Avalie se é possível aproveitar uma parte do experimento, mas seguindo um novo caminho. Teste suas hipóteses sempre e não deixe que o time se frustre nas iniciativas de insucesso de uma forma que isso possa travar novas ideias.

Como tornar a experimentação cultural?

A teoria parece bem mais simples que a prática. Para que a experimentação rumo à inovação vire algo cultural, vale considerar algumas premissas importantes como segurança psicológica para poder errar e gerar aprendizados contínuos; recursos, como ferramentas e treinamentos; autonomia e tempo, para que o time possa fluir sozinho, sem dependências e “barreiras” no caminho e consistência nos processos para que vire hábito e seja cada vez mais natural.

Mergulhar em métodos e conceitos que tenham a experimentação como base ou pilar é uma boa maneira de tornar tudo isso cultural e parte do dna da organização, como Design Thinking, Growth Hacking, Lean Startup, Culture Hacking, entre diversos outros.

Por Mariana Malveira

360 News
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