Aconteceu, em Cuiabá, o “I Seminário Parque Tecnológico Pensando Mato Grosso”, trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI-MT) e do Parque Tecnológico. O evento, que foi sediado na Escola Técnica e Profissional Estadual de Cuiabá ETE/SECITECI, reuniu os principais nomes e instituições envolvidas no debate sobre o impacto das mudanças climáticas no estado e no Brasil. A SECITECI tem como missão elevar a capacidade científica e tecnológica em setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável do estado.
A abertura do Fórum foi feita pelo Secretário Maurício Munhoz. O doutor em Ecologia e Conservação da Biodiversidade e bolsista do Parque Tecnológico, Rafael Vieira Nunes, trouxe uma apresentação sobre “Recursos Hídricos e Resiliências às Mudanças Climáticas”.
“Resiliência é um conceito bastante utilizado na ecologia e na sociologia que diz respeito a capacidade de um determinado sistema absorver determinados impactos e retomar sua forma original. Quando falamos sobre resiliência climática, nós estamos falando da capacidade dos ecossistemas sofrer crises e retornar ao que conhecemos”, explica Rafael.
Outros nomes conceituados e especialistas da área também estiveram presentes palestrando, são eles: o doutor em Ecologia e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Ben Hur Marimon Júnior. A doutora em Ciências Florestais e professora da UNEMAT, com experiência na área de Botânica e Sistema de Informação Geográfica, Edenir Maria Serigatto. E o doutor em Meio Ambiente e Biologia Aplicada pela Université Catholique de Louvain (Bélgica), professor da Universidade Federal de mato Grosso onde atua na Gestão e Valorização de Resíduos Sólidos, Bioconversões Anaeróbias e Poluição do Ar, Paulo Modesto Filho.
Edenir reforça sobre a falta de chuvas no estado. “A chuva cai, mas em um período bem mais curto”, diz ela. Segundo o Secretário Maurício está sendo feito um trabalho para a criação de uma plataforma que tem o intuito de entender as mudanças climáticas. As discussões feitas no I Seminário Parque Tecnológico Pensando Mato Grosso servem como apoio para criação dessa plataforma.
“Estamos tentando auxiliar a Sema nesse processo. Nós sabemos o quanto de água temos no subsolo? A resposta é não. Será que essa água não está correndo risco de acabar? Temos que identificar isso e entender quais regiões estão bem e quais estão mais necessitadas. Buscamos também entender sobre a desertificação no estado. As mudanças climáticas tem efeito sobre as nossas vidas. Se água acabar, acabou tudo”, finaliza o Secretário.
Por: Victória Oliveira
