No início do mês, estudos revelaram que cães podem desenvolver demência igual aos humanos. No entanto, a comunidade científica percebeu que um estilo de vida fisicamente ativo diminui o risco de demência tanto em humanos quanto em seus animais de estimação.
Um dos estudos recentes monitorou os passos diários de 78 mil adultos no Reino Unido, e o outro acompanhou as atividades diárias de 15 mil cães. Ambos os conjuntos de dados descobriram que participar de atividades diárias, principalmente caminhadas, combate o envelhecimento cognitivo.
Um artigo publicado na Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice descobriu que 19% a 35% dos cães idosos podem apresentar demência canina ou disfunção cognitiva canina. Os sinais e sintomas da doença são os mesmos dos humanos.
Cães que sofrem de demência são propensos a se perder em suas próprias casas, olhar fixamente para uma parede, não responder a comandos simples, por exemplo. Animais com histórico de distúrbios neurológicos, auditivos ou oculares correm maior risco de demência.
Enquanto isso, o Dog Aging Project iniciou um estudo para investigar a ligação entre o declínio cognitivo e a atividade do animal de estimação. Milhares de tutores de cães se ofereceram para participar do estudo. Na prática, eles foram convidados a preencher um questionário com perguntas sobre a vida de seus cães, como saúde e sintomas de demência.
Dos cães do estudo, cerca de 1,5% sofria de demência, e os pesquisadores descobriram que os cães inativos eram 6,5 vezes mais propensos a ter demência do que os cães altamente ativos. Em outro relatório, um grupo descobriu que as pessoas com cachorro têm maior probabilidade de atender às diretrizes de atividade física diária do que as pessoas sem cães.
Fonte: Scientific Reports,Veterinary Clinics of North America via Deseret News
Por: Nathan Vieira