A COP27, que ocorre desde o dia 6 na cidade de na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, tem várias pautas focadas na redução dos efeitos do clima. Uma delas é o papel da iniciativa privada neste contexto. E dentro desta discussão a relevância da tecnologia e do empreendedorismo para criar uma sociedade de consumo baseada em fontes de energia renovável e limpa.
As chamadas greentechs, startups com soluções limpas, vêm ganhando cada vez mais relevância. São várias as projeções do quanto essas empresas já movimentam no mundo, para 2026, a previsão é que ultrapasse a casa de R$ 247 bilhões. Estudo da consultoria e aceleradora Quintessa mostrou que só no Brasil existem mais de 190 startups com esse perfil.
Para Bruno Arcuri, CEO e cofundador da Diel Energia, startup que desenvolveu uma plataforma de gestão de refrigeração para empresas. “A chamada revolução energética contribui para o surgimento de soluções voltadas para o mercado de energia e que reforcem o compromisso de empresas de diferentes setores com o meio ambiente, uma vez que essas passam a produzir e consumir energia de forma mais eficiente.”
Brasil como referência
O Brasil já é um grande exemplo positivo neste cenário. Nos próximos 8 anos, o país pode se tornar a primeira grande economia – de média ou alta renda – a alcançar a neutralidade de carbono e ao mesmo tempo acelerar o seu crescimento econômico em US$100 a US150 bilhões anuais ao PIB adicionais ao ritmo de crescimento atual (2,5%/ano).
O potencial de mitigação de emissões de carbono equivalente (CO2e) é de 1,3 giga tonelada até 2030. Com isso, o país será um exemplo concreto ao mundo de prosperidade econômica sustentável para as próximas décadas, modelo que pode inspirar todo o Sul Global. É o que diz o relatório apresentado nesta quarta-feira na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – a COP27, no Egito, ao lado de Carlos Nobre, Ilona Szabó e Vanda Witoto.
Chamado “The Amazon’s Marathon: Brazil to lead a low-carbon economy from the Amazon to the world”, o documento é um plano de desenvolvimento econômico que apresenta análises robustas sobre o potencial da região ao calcular a oportunidade financeira por trás das estratégias de mitigação de emissões de gases efeito estufa (GEE) e destaca projetos escaláveis que promovem uma nova abordagem baseada na natureza, centrada em pessoas e positiva para o meio ambiente.
Por: Luiz Gustavo Pacete