O foodservice é uma vertical do segmento de alimentação que engloba toda a cadeia de negócios de alimentação fora do lar. Assim como acontece com a chegada da Indústria 4.0, o setor de foodservice também foi impactado por inovações e tecnologias, como automação, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, computação em nuvem, produção sob demanda, proximidade com clientes, nanotecnologia, robótica, big data e analytics apenas para citar alguns.
A tecnologia aplicada ao foodservice é uma grande aliada, porém, para garantir que ela seja bem empregada, é importante entender bem como funciona o processo de disrupção no segmento.
Estamos falando de um mercado que cresce 14% ao ano e representa 2,4% do PIB. No total, são 1 milhão de estabelecimentos de foodservice no Brasil – algo que, com certeza, merece atenção.
O cenário do foodservice no Brasil é extremamente promissor. A previsão de faturamento em 2025 é de R$ 199 bilhões. Em 2011, o setor faturou R$ 121 bilhões. Parte desse crescimento se deveu às inovações implementadas e foco total no consumidor. Cada vez mais, as marcas vão além.
Sempre digo que é preciso pensar lá na frente, avaliando diversos aspectos quando se tem um negócio.
No cenário de foodservice, a disrupção do setor tem vindo primordialmente de cinco pontos, que são:
- Produtos;
- Sustentabilidade;
- Experiência;
- Eficiência das operações e da cadeia;
- Interação com consumidor.
A seguir, explico melhor cada um e cito exemplos práticos de empresas que estão se destacando em cada um desses temas.
Quando se fala em Produtos, podemos destacar a tendência de culinária plant-based e carne artificial. Esses mercados estão em crescimento constante e merecem atenção máxima, com o surgimento de novas tecnologias.
Em Sustentabilidade, trago como exemplo a Farm on Ogden. A empresa, localizada em Chicago, nos Estados Unidos, tem uma parceria com o Chicago Botanic Garden e o Lawndale Christian Health Center. Seu objetivo é criar espaço para marketing indoor, salas de aula, cozinhas comerciais e de ensino, além de espaços para escritórios. Tudo com comida fresca e estímulo ao desenvolvimento de profissionais dos segmentos de agricultura e indústria de alimentação.
No quesito Experiência do consumidor, o exemplo é a Dom’s Kitchen & Market, um espaço de experimentação e com foco na percepção do cliente, mesclando varejo e foodservice. Gastronomia de diversos lugares do mundo, cursos, testes e matérias-primas de produtores locais são o foco aqui.
Em termos de Eficiência, recursos como inteligência artificial e automação se destacam, com análise de dados, preferências e buscas. A partir disso, são criadas estratégias de marketing, produzir sob demanda e ter operações mais inteligentes.
Em Interação com consumidor, gostaria de destacar o Restaurante do Futuro, apresentado no Latam Retail Show 2022, maior evento B2B de varejo e consumo da América Latina, criado pelos nossos parceiros da Gouvêa FoodService.
O espaço constrói uma jornada que integra a tecnologia de uma maneira sutil e quase que invisível, com monitoramento com câmeras e dispositivos inteligentes que vão dizer as preferências do cliente. A comida também mostra o que é prioridade para o cliente, trazendo a possibilidade de personalização.
Agora que você já conhece melhor as etapas de disrupção do foodservice, um dos mais eficientes fios condutores de integração entre marca e cliente, é preciso saber que uma execução perfeita garante escalabilidade – e este é o desafio das marcas.
É preciso integrar Tecnologia, Sustentabilidade, Produto, Serviço e Eficiência para ter resultados exponenciais.
E por aí? Seu negócio está preparado para o futuro do foodservice?
Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
Imagem: Shutterstock
Por: Lyana Bittencourt