A Boston Dynamics e cinco outras empresas fabricantes de robôs assinaram um termo de compromisso antiarmamentista nos seus produtos. O documento garante que nenhuma das companhias colocará armas nos seus robôs, além de pedir que rivais também façam a adesão à causa.
A Agility Robotics, ANYbotics, Clearpath Robotics, Open Robotics e Unitree são algumas das fabricantes que se comprometeram a não fabricar produtos equipados com revólveres, metralhadoras, lança-granadas nem nada do gênero. O objetivo disso é conter a onda de aquisições de robôs para uso criminoso ou armamentista, como este abaixo:
Contra os robôs armados
A Tesla apresentou na semana passada o Tesla Bot, um robô humanoide chamado Optimus que deve ser usado em fábricas da montadora. A expectativa é de a máquina ser comercializada por US$ 20 mil (cerca de R$ 104 mil) daqui há três ou cinco anos.
Já a Boston Dynamics, a mais famosa do segmento, tem como foco o cãozinho robô Spot, usado pela polícia e por bombeiros para patrulhar áreas, acessar locais perigosos ou entrar em estruturas instáveis. A máquina já é utilizada para monitorar incêndios em fábricas, lidar com explosivos ou materiais inflamáveis, além de desarmar bombas.
A fabricação de robôs humanoides, como o Atlas, poderia levar à tentativa de se criar soldados de aço. A preocupação social, então, é de que tais fabricantes busquem dar soluções mais utilitárias para essas máquinas, como realizar afazeres domésticos ou atividades repetitivas, em vez de empunhar armamentos pesados.