Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (09), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sugeriu que o Governo de Mato Grosso adote o mesmo sistema implementado em São Paulo para enfrentar a pandemia. Visto que o Estado foi dividido em 17 regiões e as regras da quarentena são determinadas conforme a cor em que cada região se encontra.
É o governo estadual quem determina as fases de cada região, com base em indicadores de saúde como mortes por covid-19, internações e ocupação de leitos de UTI. As cinco fases possíveis são: vermelha (alerta máximo), laranja (controle), amarela (flexibilização), verde (abertura parcial) e azul (normal controlado).
Nesta segunda (8), representantes do setor de eventos de Mato Grosso se reuniram com os deputados pedindo flexibilização do decreto do Governo Estadual. Questionado sobre a situação, Emanuel expôs sua discordância com o fato de um mesmo decreto valer para todos os 141 municípios mato-grossenses, que vivem realidades muitos distintas.
“Tanto é que tem vários prefeitos aí que estão se desdobrando para atender porque a realidade do município dele é outra. Você vai baixar o mesmo decreto para a Capital do Estado de Mato Grosso, com 700 mil habitantes, que vivem numa região metropolitana de 1 milhão de habitantes com Várzea Grande, o mesmo decreto que vale para Araguainha que tem mil habitantes?”, indagou.
Neste ponto, Emanuel citou o Plano São Paulo como exemplo e ponderou que, embora criticado, o sistema leva em consideração as diferenças socioeconômicas e culturais de cada região. “Se você pegar o planejamento do Estado de São Paulo, questionado ou não, gostem ou não, ele divide São Paulo por regiões e a realidade socioeconômica, cultural, daquela região. Em cima dela toma decisão, onde é que vai ser amarelo, vermelho, verde. Então é isso que eu questiono”, pontuou.
O prefeito vê disposição no Parlamento em intermediar um diálogo entre o setor e o Governo de Mato Grosso e espera que uma alternativa seja apresentada “para o setor que está quebrado, está arrebentado na nossa cidade, no nosso Estado, que é o setor de eventos”.
Da Redação – Elisa Ribeiro