Pessoas com deficiência residentes em Curitiba (PR), maiores de 18 anos, poderão participar da sétima edição do Programa Empreenda, que oferece 40 vagas e acontecerá entre os meses de abril e maio.
Em dois turnos, manhã, das 8h às 12h, e tarde, das 13h às 17h, o programa totaliza 320 horas de capacitações em temas como vendas, marketing, precificação, gestão financeira e formalização, sem contar o processo de mentoria.
O público-alvo é formado por pessoas que desejam empreender, que estão buscando se inserir no mercado de trabalho ou que já estejam trabalhando.
Pessoas interessadas podem fazer inscrição até o dia 15/04 pelo link https://forms.gle/EqmRr672sQSXu5s96.
O Curso acontecerá de abril de 2022 a maio de 2023, com módulos básicos e específicos (carreira no mercado de trabalho formal ou empreendedorismo), mentorias e acompanhamento. As aulas serão ministradas presencialmente.
A nova edição terá como novidade a vitrine virtual. “Além das aulas e mentorias, a gente aprofunda a divulgação dos novos empreendimentos na internet, montando um catálogo on-line para postar nas nossas mídias e incentivar que outras pessoas comprem desses negócios”, detalha Isabela Bonet, diretora executiva da Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID Brasil), responsável pelo programa.
Por meio de formações na área de empreendedorismo, a ASID já ajudou a colocar no mercado 92 negócios conduzidos por pessoas com deficiência e seus familiares em nove estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Seu programa Empreenda é uma iniciativa inclusiva que oferece oficinas temáticas multidisciplinares, mentorias e acompanhamento para adaptação e inserção no mercado de trabalho e no empreendedorismo.
Nos últimos três anos, a ASID realizou seis edições do Programa Empreenda em parceria com empresas, contemplando 164 famílias de 34 cidades. Uma das edições foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Cidade de São Paulo.
Pertencimento e apoio
Segundo pesquisa divulgada pela ASID, para 76% das pessoas formadas, o curso deu a confiança de que elas podem empreender e 52% indicaram que saíram do curso colocando em prática as ferramentas e os conteúdos que aprenderam.
Dados de 2019 do Ministério do Desenvolvimento Social, mostraram que 2,6 milhões de famílias, cujo algum integrante é pessoa com deficiência, estavam em situação de pobreza.
Para a ASID, a capacitação dessas pessoas para o empreendedorismo pode ser uma forma de promover autonomia financeira e qualidade de vida.
“Permite que elas possam comprar remédio, ter plano de saúde, investir em lazer ou até guardar dinheiro. Além do poder de consumo, a geração de renda dá a perspectiva de um futuro melhor”, avalia Isabela.
Na avaliação da diretora, o programa também dá mais visibilidade para as pessoas com deficiência e familiares e gera o sentimento de pertencimento.
“Elas passam a fazer parte de um grupo em que se sentem à vontade para falar sobre suas inseguranças, é um espaço em que elas se identificam e se apoiam”, finaliza Isabela.
Por: Redação Inova360