Com pouco mais de um ano e meio de operações no mercado brasileiro, a AgroPermuta, fintech agrícola, que oferece soluções inovadoras de financiamento como uma alternativa aos bancos, prepara-se para um grande salto. A empresa, que até agora já teve demanda superior a R$ 476 milhões, projeta absorver R$ 2 bilhões dentro dos próximos 18 meses. Para alcançar essa meta, prepara-se para abrir uma rodada de captação, junto a investidores estratégicos, que ajudará a alavancar o lançamento de seu novo produto financeiro inédito, o FINCAP– Financiamento Capitalizado. A solução foi desenvolvida para atender revendedores, distribuidores e concessionárias.
Para Alex Kalef, diretor executivo da AgroPermuta, o objetivo dessa rodada é levar para dentro da companhia smart money. “Passamos nos últimos seis meses por um processo de modernização da tecnologia aplicada ao crédito, atualizamos nosso arcabouço ferramental de sensoriamento remoto. Com essa robustez nos encontramos prontos para fazer esse salto projetado. Mais do que investidores, buscamos capital inteligente, isso nos dará musculatura para alavancar ainda mais os nossos produtos”, diz.
Desburocratizando o crédito
As ferramentas da AgroPermuta foram desenvolvidas para um uso muito simples e eficiente e embasadas no conceito de planejamento financeiro.
Atualmente, a solução de financiamento imediato é a Compra Programada, uma carta de crédito na qual o produtor utiliza a sua entrada, habitualmente destinada ao fabricante, para contribuir com o financiamento de projetos agropecuários, como: silos e sistemas de armazenagem, usinas solares, sistemas de irrigação, compra de veículos, máquinas e implementos agrícolas.
Ao pagar 30% das prestações do contrato, o mesmo valor que seria dado ao fabricante, o agricultor poderá utilizar a carta de crédito no valor integral contratado. Através desta engenharia financeira, o produtor consegue acessar taxas mais competitivas do que se fosse aos bancos tradicionais. Sobretudo, tem o benefício de que não tem seu limite de crédito bancário comprometido e nem a cobrança de IOF.
O outro produto, antigamente o Conta Programada Planejamento, passa por uma mudança estrutural sendo rebatizado de FINCAP – Financiamento Capitalizado. Ao pagar 50% das prestações do contrato, o agricultor poderá utilizar a carta de crédito no valor integral contratado. A grande novidade é a ampliação da utilização do FINCAP para o custeio das lavouras.
Com o FINCAP, o foco da AgroPermuta é alavancar as soluções financeiras para empresas do setor. De acordo com Vicente Tito, head do produto, essa nova ferramenta é ideal para as empresas que querem fidelizar o seu cliente criando um vínculo duradouro. “O nosso foco com esse produto no agro, neste primeiro momento, são os distribuidores, revendas, concessionárias e outras empresas que buscam alternativas financeiras para facilitar a vida de seus clientes e vejam um valor enorme em fidelizar uma base de clientes” destaca. “Entretanto, a aplicabilidade desse produto financeiro é igual para qualquer outro setor”, acrescenta o profissional.
Mais detalhes
O FINCAP é dividido em dois produtos: Investimentos e Custeio. A primeira modalidade é destinada à compra de máquinas, implementos agrícolas e veículos. Os prazos e valores são maiores, com limite de até R$ 1 milhão e parcelas semestrais de pagamento com prazos de seis até 10 safras.
Já a segunda modalidade é focada no custeio de operação agrícola. Essa linha tem valores mais baixos e parcelas mais curtas. O prazo de financiamento é no máximo 12 meses, sempre vinculado à próxima safra. O limite de crédito inicialmente é de até R$ 250 mil. “A grande quebra de paradigma do nosso produto é usar o planejamento para fazer o custeio da próxima safrinha de milho ou até a de soja de 23/24. Além disso, dentro das possibilidades de insumos, a carta de crédito não está vinculada a um produtor”, afirma Tito.
Ainda segundo o executivo, outra grande vantagem do FINCAP são suas taxas mais competitivas. “Enquanto os economistas mantiveram a previsão da taxa básica de juros ao fim deste ano pela sétima semana seguida em 13,75%, conseguimos oferecer crédito bem abaixo desse valor, pois o produtor já conseguiu amortizar uma parte pelo nosso fluxo”, finaliza.
Fonte: Ruralpress