sábado,12 outubro, 2024

Tecnologia e cuidado com as pessoas estão entre as tendências do futuro do trabalho

Em um mundo de transformações contínuas, a tecnologia e o cuidado genuíno com as pessoas aparecem como principais fatores de mudança na maneira como sociedade e empresas irão estruturar suas atividades. Para especialistas, companhias que souberem fundamentar o trabalho sob a regência da inteligência artificial e do uso adequado de dados e que se preocuparem com os colaboradores terão vantagem frente às demais.

O fato é que todos, do estagiário ao CEO, devem olhar para frente ao desenhar soluções para o agora. E será que sua empresa está alinhada com as direções nas quais o trabalho tende a caminhar no futuro? O Diretor de Gente & Operações da Falconi, Daniel Spolaor, e a CEO da FRST (Falconi Road of Skills and Talent), Juliana Scarpa, apontam quatro tendências consideradas aspectos de diferenciação daqui para os próximos anos.

Tecnologia

“Hoje, toda e qualquer pessoa terá seu trabalho influenciado por tecnologia: requalificar e aprofundar a formação profissional de cada uma das pessoas vai ser mandatório, e toda organização, sem qualquer exceção, vai ter que ser também uma escola. Das boas.” A afirmativa de Spolaor sobre essa tendência nas formas de trabalho é corroborada por Juliana. Segundo a CEO, trata-se de um movimento amplo em que a tecnologia precisa ser inserida dentro do contexto do trabalho de qualquer colaborador, não só em TI.

— O ativo de produção hoje é a tecnologia. Muito mais do que o home office, por exemplo, a tecnologia facilita a inclusão porque rompe com algumas barreiras de acessibilidade que o mundo 100% presencial ajuda a reforçar. Isso é importante demais — diz Juliana.

Equilíbrio nas relações

Relações entre empresas e pessoas serão cada vez mais niveladas. Daniel Spolaor cita o fenômeno “A Grande Renúncia” para lembrar que a atenção maior dada às necessidades individuais as deixa mais atraídas e motivadas. O termo tem sido usado para explicar a onda de desligamento surgida pós-isolamento social da pandemia, em que profissionais preferem procurar novas oportunidades a seguir nos seus empregos, por insatisfação.

— Colaboradores buscam ambientes de trabalho onde consigam conciliar vários aspectos das vidas pessoal e profissional. Por sua vez, isso faz com que as organizações percebam que o investimento em políticas de cuidados com as pessoas e com a saúde integral, as oportunidades de aprendizado e a flexibilidade sejam fundamentais — comenta Spolaor.

Juliana reforça, argumentando que as relações de trabalho estão sob pressão, refletindo na capacidade das empresas de atrair e fidelizar talentos.

— Companhias cujo ambiente tóxico veio a público sofreram perda de consumidores e valor de mercado. Uma palavra antes na esfera das relações pessoais, adentrou salas de reunião, chão das fábricas e corredores: felicidade. Esta parece ser a grande ambição sinalizada pela nova geração.

Diversidade & Inclusão

Os temas de Diversidade & Inclusão não são uma prática momentânea, pelo contrário, se aprofundam no debate de representatividade e equidade. Hoje, não existe negócio que sobreviva a longo prazo sem entender que a pluralidade é uma condição básica de humanidade e de cuidado com as pessoas. Dentro do tema das pautas ESG, a Falconi tem o compromisso, por exemplo, de chegar a 30% de mulheres em cargos de alta liderança até 2025 e de acelerar outras frentes, como a contratação de pessoas negras.

O sucesso de projetos da pauta ESG depende, inclusive, dos próprios funcionários, que precisam estar engajados na proposição de políticas e práticas concretas de Diversidade & Inclusão. Mais do que nunca, agora é hora de transformar os princípios em ação.

Flexibilidade no formato

Híbrido, remoto, presencial, por tarefa, flexível. Segundo o diretor da Falconi, não existe mais um formato único de trabalho. As novas modalidades se mostraram viáveis e isso permite que pessoas e empresas se organizem de formas diferentes. De acordo com o portal Statista, metade dos funcionários entrevistados em março de 2020 já esperavam que seus gestores tomassem o trabalho remeto como resposta ao surto do coronavírus.

Outra pesquisa do mesmo portal, realizada em 2021, mostrou que 48,4% das pessoas consideravam o trabalho remoto como um aspecto importante nas futuras decisões de emprego. Já em 2022, a capacidade de ter um cronograma flexível foi colocada como o principal benefício, com 67% dos entrevistados nomeando-a como a maior vantagem. A flexibilidade para trabalhar a partir de qualquer local ficou na sequência, com 62%.

Quem defende o modo remoto lista vantagens como o fim do tempo gasto no trânsito e a possibilidade de a empresa buscar talentos em qualquer parte do mundo — assim como de os profissionais poderem trabalhar para empresas antes geograficamente inacessíveis. Já quem apoia a volta ao presencial sublinha a convivência como terreno fértil para ideias e aprendizados e o fortalecimento da cultura da empresa.

— Ambos enfrentam desafios. O que fazer com as sedes corporativas? Como disseminar os valores da empresa à distância ou garantir engajamento sem o gestor perceber, ‘no olho’, a desconexão de um funcionário? Como lidar novamente com longos períodos no trânsito? Interrogações são muitas. Já o modelo híbrido busca o melhor dos dois lados. Mas até o conceito dessa forma de trabalho é objeto de dúvida — questiona Juliana.

Negócios e culturas são únicos, lembram os especialistas. Não existe uma receita de bolo. Assim, cada companhia sabe a melhor forma de estabelecer conexões com seus colaboradores.

— É preciso olhar para o tema não apenas como uma forma de organizar o trabalho, mas como uma ferramenta de crescimento — comenta o diretor da Falconi.

Por: Extra

Redação
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