Semanas após definir o que seria o “Teste de Turing Visual”, a Meta (antiga Facebook) confirmou que anunciará seus próximos óculos de Realidade Virtual (VR) em outubro. Focada em um segmento premium, a novidade seria bastante ambiciosa ao supostamente ser capaz de rastrear os movimentos faciais do usuários para reproduzí-los no avatar, possibilitando “contato visual” no ambiente virtual.
A notícia foi dada durante um podcast pelo próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que indicou que a data de revelação do dispositivo deve ser próxima à do Connect 2022, evento anual em que a companhia revela algumas das novidades que está preparando para as redes sociais e o portfólio de aparelhos. O executivo afirmou ainda que os novos óculos terão algumas tecnologias bastante avançadas em comparação aos modelos já disponíveis no mercado.
“A habilidade de agora ter um tipo de contato visual em Realidade Virtual, ter o seu rosto rastreado de forma que o seu avatar — não é apenas uma coisa parada, mas se você sorrir ou se você franzir a testa ou se fizer uma careta, ou qualquer que seja sua expressão, ter isso traduzido em tempo real no seu avatar”, explica Zuckerberg.
O chefe da Meta não deu detalhes de hardware nem um nome para o dispositivo em questão, mas a descrição sugere se tratar do Project Cambria, dispositivo premium revelado pela gigante em maio cujo desejo é expandir o uso da Realidade Mista (XR), que une interações de VR com a Realidade Aumentada (AR), proporcionando contato com o mundo real.
Project Cambria promete experiência XR turbinada
Previsto por rumores para estrear com o nome “Meta Quest Pro”, que indica o posicionamento da novidade frente ao Meta Quest 2, o Project Cambria promete entregar uma experiência muito mais completa de XR. Na demonstração liberada por Mark Zuckerberg, a proposta é facilitar a integração entre AR e VR, possivelmente como maneira de incentivar a entrada de usuários no Metaverso, a maior ambição da empresa.
Alguns aspectos confirmados incluem lentes coloridas de alta resolução, sensores de rastreamento ocular e um sistema robusto de reprodução do sinal externo para AR. No entanto, todos esses avanços não sairiam barato: o próprio CEO fez questão de estacar que o Cambria é uma proposta premium, sendo “significativamente mais caro” que o Meta Quest 2, a solução de entrada da gigante.
Vale lembrar que o próprio Quest 2 sofreu recentemente um aumento substancial no preço, passando de US$ 299 (~R$ 1.520) para salgados US$ 399 (~R$ 2.030) — impactos no custos de produção teriam sido os responsáveis pelo reajuste.
Fonte: The Verge
Por: Renan Da Silva Dores