segunda-feira,25 novembro, 2024

Google está ensinando seus robôs a serem mais humanos

O Google anunciou na terça-feira (16) um grande avanço para o desenvolvimento tecnológico da robótica: a empresa está ensinando os robôs em seu laboratório a agirem de forma mais humana em suas tarefas. Graças ao uso de um novo software de inteligência artificial, conhecido como PaLM-SayCan (PaLM é a sigla em inglês para “modelos de linguagem de caminhos”, em tradução livre), as máquinas são capazes de realizar um leque mais amplo de atividades.

Um teste realizado pelos pesquisadores da companhia foi pedir para o robô montar um hambúrguer com brinquedos de plástico. Ele soube colocar o ketchup depois da carne e antes do alface, mas colocou o recipiente inteiro do molho em vez de apenas uma pequena dose. Mesmo assim, a realização da tarefa foi vista como uma grande conquista, segundo o jornal Washington Post.

O objetivo do Google não é programar as máquinas para uma simples execução de um conjunto de tarefas, mas sim proporcionar uma compreensão mais ampla do que os humanos podem pedir e como responder ao pedido. É um desafio maior do que criar uma assistente inteligente para seu smartphone, como o Google Assistente, que responde a um conjunto de comandos limitados.

O robô usado para os testes tem um corpo branco, um único braço (uma garra de preensão) e rodas. Ele foi criado pela Everyday Robots, uma unidade da Alphabet, empresa controladora do Google. As companhias colaboraram para desenvolver o software responsivo ao ser humano.

Segundo a Everyday Robots, o PaLM-SayCan é o primeiro modelo de linguagem de robôs em larga escala criado na história. Em comparação ao sistema anterior, ele torna os robôs 14% melhores no planejamento de trabalhos e 13% mais eficientes em concluí-los com sucesso. A empresa também observou uma melhoria de 26% na capacidade dos robôs de planejar tarefas que envolvem oito ou mais etapas.

Em uma outra demonstração, um pesquisador disse ao robô: “Estou com fome, você pode me trazer um lanche?”. Em resposta, a máquina foi procurar pelo pedido em uma copa, abriu uma gaveta, encontrou um saco de batatas e trouxe-o para o humano.

A tecnologia ainda está sendo testada e não tem previsão de lançamento. O Google afirma ainda não estar no ponto de desenvolver e lançar comercialmente um robô. Por enquanto, o foco da companhia é fornecer acesso a informações, entender as limitações e os potenciais de um robô e fomentar o desenvolvimento da robótica.

Enquanto isso, a Amazon já está comercializando o Astro, um robô doméstico à venda por US$ 999, apenas para convidados. Ele realiza apenas algumas tarefas e não é muito diferente de uma Alexa ou de uma câmera de segurança sobre rodas.

Redação
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