As principais empresas do varejo brasileiro aceleraram sua digitalização, ganharam agilidade e flexibilidade e se tornaram mais resilientes. Segundo a edição 2022 das “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), essas empresas tiveram no ano passado um faturamento bruto de R$ 892,426 bilhões, quase R$ 100 bilhões mais que na edição anterior.
O Carrefour lidera a lista, com um faturamento bruto de R$ 81,2 bilhões – o equivalente a 9,09% das vendas das 300 maiores. As 5 maiores empresas do ranking (Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via e Americanas) somaram um faturamento de R$ 239,761 bilhões, ou 26,86% do total.
“O varejo acelerou sua expansão em 2021, combinando abertura orgânica de lojas e aquisições. Também verificamos um salto na maturidade digital do setor, com ampliação das vendas online, que chegaram a 11% do total”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC.
Considerando as 209 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2020 e 2021, o crescimento anual foi de 13,2%, acima dos 12,6% registrados pela Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. No total, 95 empresas listadas no ranking cresceram acima da média do varejo brasileiro e apenas 21 tiveram desempenho negativo em 2020.
Das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas em 2021, cinco estão no setor de moda, que é o segundo segmento com maior presença no ranking, com 38 empresas.
Dezoito das 300 empresas listadas possuem mais de mil lojas. O Grupo Boticário é o líder, com 3.878 unidades, seguido por Cacau Show (2.827), McDonald’s (2.585), Raia Drogasil (2.490) e Americanas (2.379).
A empresa que mais aumentou sua base de lojas foi o Grupo Soma, que multiplicou em quatro vezes sua presença física com a incorporação da Hering, chegando a 1.023 unidades.
Transformação digital
A transformação digital, que já havia entrado no mapa do setor antes mesmo da pandemia, se aprofundou e hoje já é parte importante do negócio das empresas.
O percentual de empresas que vendem online chegou a 75% das 300 maiores, com destaque para o setor de supermercados, que passou 28% para 61% entre 2019 e 2021, com 91 empresas com presença online.
Diversidade em alta
Outro aspecto cada vez mais relevante é a presença feminina tanto no corpo das empresas quanto nas posições de liderança.
“Os números mostram que tem havido evolução, mas que é possível avançar ainda mais. Questões relacionadas à diversidade, equidade e inclusão se tornam cada vez mais importantes, tanto por uma questão pragmática de inovação quanto por uma exigência dos consumidores”, afirma Terra.
Imagens: Divulgação
Por: Mercado e Consumo